Em média, 25 milhões de brasileiros são ítalo-descendentes. Destes, muitos sonham com a cidadania italiana por várias razões, seja por conta de uma forte ligação emocional com a Itália ou porque o direito oferece vantagens e direitos econômicos, legais e culturais, como a livre circulação na Europa, acesso a serviços públicos, proteção social, direitos de herança, acesso a empregos e oportunidades educacionais.

Além disso, muitos descendentes de italianos desejam preservar a herança cultural dos seus ancestrais, mantendo-a viva, e almejam as oportunidades disponíveis no país, como as chances de trabalhar ou empreender.

Nesse panorama, os interessados em iniciar a busca pela cidadania italiana se depararam com duas possibilidades: iniciar o reconhecimento pelas vias administrativa ou judicial. Quais as características de cada uma delas? 

Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania, consultoria para o reconhecimento de cidadania italiana, explica que as diferenças entre os processos de obtenção de cidadania pelas vias administrativa e judicial são “tempo”, “custo” e “disponibilidade”.

“No caso do processo administrativo, o requerente deve ir para a Itália e residir durante o período do processo que costuma levar, em média, de 3 a 6 meses. Neste tempo, a pessoa não pode trabalhar e precisa se custear ao longo de todo o período”, explica. “Este processo tem um custo maior e exige disponibilidade, mas a vantagem é que o tempo é mais rápido”, pontua.

Já o processo judicial, por sua vez, leva em média de 8 meses a 1 ano e 6 meses de duração, mas não exige que o requerente esteja em solo Italiano, e o custo é menor, complementa Ferro.

A CEO da Simonato Cidadania destaca que, após a pandemia, o processo judicial tem sido o mais procurado para a obtenção da cidadania italiana, pois permite que a pessoa siga com a sua vida pessoal e profissional.

Além disso, o modelo [judicial] favorece que a pessoa ganhe tempo para uma projeção de futuro no exterior. “O outro motivo de procura é a possibilidade de fazer esse processo com um grupo de pessoas da família, diminuindo os custos para todos”, afirma. 

Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Eurostat, gabinete de estatísticas da UE (União Europeia), 729 mil pessoas obtiveram a cidadania em um Estado-membro da UE em 2020, um avanço de 3% em comparação ao ano anterior – 24 mil brasileiros. Destes, 19,6% reivindicaram a cidadania italiana.

Para mais informações, basta acessar: https://www.simonatocidadania.com.br/

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