Campinas-SP 13/7/2020 – A hipnoterapia possui o poder transformador de fazer com que os resultados sejam sentidos já logo nas primeiras sessões.
Wagner Perez conta como a hipnose pode ser uma ferramenta de tratamento para dores físicas e emocionais
Muito se fala da hipnose clínica, ou também como muitos denominam “hipnoterapia”. Mas para evitar informações falsas, é importante pontuar que hipnoterapia não é um tipo ou espécie de terapia. Esta confusão foi criada desde a introdução da própria hipnose no Brasil, no início do século XIX, pelo fato de a hipnose não ter regulamentação.
A prática da hipnoterapia ou hipnose clínica, consiste na aplicação de técnicas hipnóticas como ferramenta terapêutica para obtenção de objetivos claros e definidos.
Por essa razão, muitos hipnoterapeutas não possuem habilitação prévia em algum tipo de terapia, por isso, ao buscar um profissional, é importante saber se ele foi habilitado em alguma modalidade de terapia antes de se formar um hipnoterapeuta.
Na prática, é como se o profissional possuísse a ferramenta, mas, não estivesse habilitado para manuseá-la. Por exemplo, um operador de retroescavadeira, ele não precisa de uma CNH para operar a máquina se ele estiver em via privada, porém, é fácil entender que um operador com CNH causa menos risco na condução da máquina, já que observa as normas de trânsito que o sem habilitação não tem conhecimento.
Então, ao buscar um hipnoterapeuta, é preciso ter ciência que essa ferramenta vai ser efetiva caso seja utilizada dentro da psicoterapia, como a abordagem cognitivo-comportamental, interpessoal, comportamental, psicanálise, ou ainda outros processos terapêuticos.
Lembrando que a hipnose não é uma terapia e está calcada nas teorias da mente, com modelos mais simples em embasamento teórico.
Mas então como pode a hipnoterapia ajudar em tratamentos?
Normalmente, o que se ouve é que a hipnoterapia oferece resultados muito rápidos. Isso se deve ao trabalho do Ph.D. Alfred A. Barrios, transcrito em seu artigo científico de 1970 para a Universidade da Califórnia, intitulado “Hipnoterapia-uma reavaliação”, em que o psicólogo aponta uma porcentagem de 93% de casos tratados com a ajuda da hipnose.
Na verdade, a internet é repleta de artigos e casos científicos acerca da efetividade e rapidez nos tratamentos de doenças psicossomáticas e distúrbios quando tratados com a hipnoterapia.
Segundo o especialista Wagner Perez, é importante “esgotar” as possibilidades da causa da doença ou problema já no primeiro atendimento. “Por exemplo, se o paciente procura o terapeuta com queixa de alguma dor, é muito importante encaminhar para o médico correspondente, caso seja nos membros para um ortopedista, no estômago, para uma gastroenterologista, pois o importante é entender a causa real do problema”, afirma.
Neste caso, se a causa for física a hipnoterapia vai ajudar nas questões mentais para que o paciente passe por todo o tratamento físico com a medicina e passe bem. Caso a medicina não encontre nenhuma causa, e aí sim se definir que o problema tem uma base emocional, então, a hipnoterapia vai ser a ferramenta rápida e efetiva para associar ao tratamento psicoemocional.
O que acontece na sessão quando se usa hipnoterapia?
Essa questão está ligada diretamente ao terapeuta e a diferentes fatores, como o paciente, a situação na qual ele se encontra e qual é o problema.
É muito normal que o terapeuta leve o paciente para um estado de hipnose utilizando algum tipo de indução hipnótica, que pode ser rápida e instantânea, porém, no ambiente clínico, é utilizado o relaxamento progressivo.
Esse contexto é sempre aplicado e associado a:
- Relaxamento;
- Imagens agradáveis;
- Hiperventilação;
- Atenção focada;
- Contagem regressiva;
- Aprofundamento e estabilização.
Wagner Perez enfatiza que em seus cursos de formação para novos hipnoterapeutas, foca sempre no fato de que cada indivíduo é único, portanto, não se pode criar protocolos engessados para casos específicos. “Tentar aplicar isso com sucesso em todas as pessoas, seria uma incoerência, já que cada paciente deve ser explorado quanto às suas questões individuais para receber um atendimento individualizado”, afirma.
Segundo o professor, a primeira entrevista com o paciente, a anamnese, é determinante para o sucesso do tratamento, e, quando o terapeuta explora todas as questões pertinentes do problema, ambos saem desta sessão com grande probabilidade de sucesso.
Nas questões da hipnose e hipnoterapia é válido lembrar que tudo acontece com consentimento, ou seja, o paciente estará o tempo todo acompanhando e ouvindo, e ao despertar, voltando ao seu estado natural, vai lembrar de tudo o que ocorreu durante o processo. Isso demonstra as questões de engajamento e permissão do hipnotizado que deseja viver essa experiência.
E isso passa a ser fator fundamental para que os resultados sejam sentidos já logo nas primeiras sessões.
E quais são os riscos associados a hipnoterapia?
Aqui, vale lembrar da figura do hipnoterapeuta. Quando o profissional conhece modelos de tratamento, utiliza a ferramenta da forma adequada, pautado pela ética e segurança, o que torna o atendimento rápido, benéfico e sem riscos. Mas lembre-se: é importante saber das qualificações do hipnoterapeuta escolhido.
Wagner Perez, um dos fundadores da HipnoBR – Instituto de Estudos da Hipnose, enfatiza que hoje, o país conta com bons profissionais da hipnose e que existe um trabalho massivo para desmistificar a hipnose e a hipnoterapia, indicando a ferramenta como uma forma rápida e eficaz para resultados.
Com isso, a procura pela hipnoterapia aumentou, incluindo executivos, empresários e profissionais liberais, que mesmo sem terem um problema principal, buscam na ferramenta formas de melhorar foco, concentração e os resultados.
É por isso que o professor trabalha para disseminar técnicas de auto-hipnose, que possibilitam que o utilizador fique menos dependente do terapeuta e também possa trabalhar sugestões e condicionamentos pontuais, obtendo resultados melhores até mesmo em questões pontuais do seu dia a dia.
Mais informações: https://hipnobr.com.br/
*Wagner Perez é o fundador do Instituto de estudos da Hipnose – HipnoBR (www.hipnobr.com.br), com mais de 3000 atendimentos e 700 hipnoterapeutas HipnoBR formados.
Website: https://hipnobr.com.br