Saber exatamente quem é o cliente empresarial e conhecer sua reputação é cada vez mais importante nas transações entre empresas. Mais da metade (65%) das empresas B2B ofereciam serviços de comércio eletrônico em 2022, de acordo com dados da consultoria McKinsey. O mercado global B2B está crescendo rapidamente e está a caminho de atingir mais de US$ 20 trilhões até 2027. Também o meio de pagamento vem passando por rápida mudança desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, quando o uso tradicional de cheques em papel foi em grande parte substituído por soluções de pagamento digital nas transações entre empresas.

Apesar de economizar tempo e dinheiro, as empresas devem aumentar suas medidas de segurança para evitar o risco de fraude. Pesquisa da Association for Financial Professionals (AFP) revela que 71% das empresas entrevistadas foram vítimas de atividades de fraude de pagamentos em 2021. As fraudes em cheques cravaram 66%, enquanto fraudes em pagamentos por meio de débitos ACH (Automated Clearing House) – compensação automática – atingiram 37%. Já a fraude eletrônica está em queda e baixou para 32% em 2021.

Estudo publicado no Harvard Business Review mostra que na base da pirâmide estão as apostas da mesa: atender às especificações a um preço aceitável, estar em conformidade com os regulamentos, e respeitar os padrões éticos. As empresas B2B ainda concentram a maior parte de sua energia nesses elementos funcionais. Redes de computadores e dados digitais são usados ​​regularmente por empresas para lidar com operações diárias e processos comerciais. As transferências online e o armazenamento de dados pessoais e financeiros estão se expandindo. Por outro lado, fraudes cada vez mais sofisticadas exigem medidas reforçadas de segurança.

Os cibercriminosos estão se tornando mais habilidosos e indo além da invasão padrão de contas bancárias para abrir contas falsas de telefones celulares, contas comerciais online e contas de pagamento pela internet usando as credenciais que obtiveram. Resultados de pesquisa abrangente realizada pela Verified Market Research revelam que o tamanho do mercado de verificação de identidade – avaliado em US$ 6,5 bilhões em 2020 – deve atingir US$ 20 bilhões em 2028.

De acordo com Tony Petrov, diretor jurídico da Sumsub – plataforma de verificação tudo-em-um – e especialista em Compliance e Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD), para se manterem seguras e em conformidade, as empresas precisam de uma diligência impecável quando se trata de seus clientes e parceiros. Isso significa realizar verificações de antecedentes adequadas, esclarecer a estrutura de propriedade das empresas, identificar os beneficiários finais (UBOs) e muito mais.

“Quando essas etapas são negligenciadas, os governos podem impor penalidades significativas. Vale ressaltar que o cenário de sanções é um campo minado principalmente para as instituições financeiras. Saber dos riscos e perigos envolvidos com a violação dos regulamentos de sanções não é suficiente. É por isso que empregar soluções de triagem/screening de sanções é mais importante do que nunca”, diz o executivo.

Petrov revela que a Sumsub acaba de disponibilizar gratuitamente um Guia sobre tendências e práticas recomendadas de verificação KYB (know-your-business). “Trata-se de um material que detalha o processo de verificação de uma entidade legal e compartilha as melhores práticas dos clientes, juntamente com dicas úteis de conformidade. O objetivo é tornar mais fácil e segura a integração de empresas, que é diferente da integração de indivíduos”.

O especialista em Compliance diz que, ao incorporar verificações de entidades legais em seus fluxos de integração de clientes, as empresas protegem sua reputação e evitam penalidades potencialmente enormes dos reguladores. Além disso, Petrov cita as cinco principais tendências de verificação de negócios destacadas no guia:

  1. A verificação do Beneficiário Final (UBO) continua sendo um dos maiores desafios KYB devido a brechas jurisdicionais;
  2. O status UBO agora é atribuído ao controle de 10-25% de uma empresa, dependendo da jurisdição, e deve ser verificado de acordo com a AMLD5. A 5ª Diretiva Anti-Lavagem de Dinheiro é uma legislação da União Europeia que impede que as instituições financeiras da União Europeia e os provedores de serviços de ativos virtuais sejam usados ​​para fins de lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo;
  3. Embora as regras de verificação de negócios geralmente sejam semelhantes em todo o mundo, cada país tem suas próprias diferenças de conformidade que devem ser observadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, os regulamentos de verificação de negócios existem como resultado da Lei de Sigilo Bancário (BSA), mas são aplicados pela Rede de Repressão a Crimes Financeiros (FinCEN) do Departamento do Tesouro. Já em países como a China, apenas uma instituição – o Banco Popular da China (PBOC) – regula o KYB;
  4. O uso de ilhas offshore e paraísos fiscais para fraude e lavagem de dinheiro se transformou numa ocorrência comum. Investigações sobre falências, fraudes de IVA (imposto sobre valor acrescentado) e outras práticas ilegais revelam “empresas fantasmas” que realizam atividades ilícitas. Portanto, é crucial determinar a estrutura, propriedade, propósito e atividade de uma empresa por meio de procedimentos de due diligence (investigação prévia), como KYB;
  5. A triagem de sanções está se tornando cada vez mais importante à medida que a situação geopolítica muda. Mesmo empresas não regulamentadas, como serviços de compartilhamento de carros ou mercados, também devem verificar se há sanções para garantir que não haja restrições na cooperação com uma contraparte.

 

 

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