Mensurar as desvalorizações causadas pela pandemia do COVID-19 ainda estão entre as principais metas das empresas brasileiras em 2023. Mesmo com quase dois anos após as primeiras doses aplicadas na população, o setor econômico não se recuperou totalmente, mas as projeções são vistas com otimismo pelo mercado.

De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o PIB brasileiro deve aumentar razoavelmente. O Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos ou realizados numa determinada região em um período específico, tem o desenvolvimento projetado em 1,6% durante 2023 em todo o país, um crescimento considerável quando comparado a anos antes da pandemia como entre 2018 e 2019 que evoluiu apenas 1,2%. Entre os setores que projetam bons resultados com esses valores, o destaque vai para o setor da Indústria Gráfica brasileira. 

Sendo responsável por todo o processo de embalagens, comunicações visuais e produtos relacionados a bens de consumo, levantamentos realizados pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) registraram um crescimento de 7,8% exclusivamente no ano de 2021, assim como as atividades de impressão que subiram 23,7%, gerando expectativas para os anos seguintes.

Mudanças estão acontecendo no mercado gráfico, e isso demonstra uma necessidade do setor em se adaptar às necessidades de seus clientes. Responsável pelo setor de Marketing da Gráfica Online FuturaIM, Victor Nakamura afirma que acompanhar o ritmo de evolução e se atualizar constantemente são pontos-chave para que mais consumidores sejam alcançados, entendendo a relevância de seus produtos e se tornando clientes frequentes.

“Mesmo com um período conturbado que passamos nos anos anteriores, o setor da indústria – mais precisamente o setor gráfico – pensou em formas diferentes de se renovar. Seja por meio de ações diretas como a compra de novos equipamentos ou indiretas analisando o mercado por meio das concorrências, o mais importante foi se manter ativo nesse período”, afirma.

Além disso, de acordo com a estimativa do CNI, o setor da construção civil deve se tornar o carro-chefe desse aumento, com uma expectativa de crescimento em 2%, diferente do ramo da Indústria de Transformação, que se manterá estável praticamente o ano todo, aumentando apenas 0,30%.

Especulações e caminhos estão sendo traçados por especialistas para 2023, mas aos poucos as ações governamentais e mercadológicas determinarão o andamento do ano da indústria brasileira, reforçando a visão do coordenador Nakamura quando se fala desse período de recuperação econômica.

“Otimismo deve fazer parte de todas as nossas ações. O mercado não se apresenta estável, mas ainda assim uma fatia dele permanece consumindo conteúdos visuais e comunicativos impressos, aumentando os indicadores positivos do setor”, finaliza.

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