Segundo uma pesquisa publicada pelo Conversion, a maioria dos brasileiros irá optar pelos meios virtuais para realizar suas compras nesta Black Friday. O estudo apontou que 43% dos consumidores optam pela procura em sites, seguido por 30% que preferem comprar por aplicativos. Com isso, o volume de compras virtuais alcançaria 73% do total.
Ainda em relação ao perfil do consumidor, 17% dos entrevistados se dizem atraídos a fazer compras pelos preços atrativos por conta dos descontos. Outros 12% aproveitam a data para fazer compras em apenas lojas conhecidas e 7% priorizam produtos aprovados e com selos de qualidade.
Apesar de ser um evento favorável às compras, a Black Friday ainda é prejudicada por empresas mal intencionadas, que aproveitam a ocasião para aplicar golpes ou distorções de ofertas, as fraudes. E os dados comprovam: de acordo com a pesquisa, 75% dos entrevistados disseram ter medo de fraudes.
Porém, para este público que acaba sendo vítima de fraudes, seja por qual for o motivo, há meios legais de rever os direitos do consumidor. Bruno Junqueira, advogado tributarista e sócio do escritório BLJ Direitos e Negócios, explica quais são os dispositivos legais para os consumidores reverem seus direitos.
“A legislação aduz que é direito do consumidor a informação adequada dos produtos no que se refere ao seu preço, bem como a sua proteção contra a publicidade enganosa. Dessa forma, caso esteja comprovado algum tipo de fraude na propaganda do produto, é aconselhado que o consumidor registre a ocorrência perante a plataforma do Ministério da Justiça, e em sites como o “Reclame Aqui”. Além disso, o consumidor também poderá promover uma reclamação no Procon na cidade que reside”, explica o advogado.
Ainda que existam direitos assegurados para os consumidores em casos de fraudes, ainda é importante ficar atento ao local da compra. A engenheira de softwares e diretora-comercial da MOST, Maria Cristina Diez, adverte que existem tecnologias capazes de impedir fraudadores e por isso é importante procurar por um local de compra seguro.
“Existem tecnologias de proteção dos dados e identificação do comprador que exigem comprovações em duas ou mais etapas, inibindo as ações dos fraudadores. Ao mesmo tempo, isso dificulta o acesso a dados de terceiros já no onboarding, antes mesmo de ter acesso à conta do usuário. Vale lembrar que essa restrição deve acontecer já ‘na porta’ de entrada, de modo a impedir que o bandido realize compras indevidas que geram prejuízos às lojas e às vítimas”, alerta a especialista.
A Conversion ouviu 400 brasileiros conectados à internet para saber quais são as expectativas do consumidor para a Black Friday 2022. Apenas 27% disseram que preferem fazer compras em lojas físicas na edição do evento neste ano.
Dentre os diversos tipos de produtos disponíveis com descontos, as cinco categorias que se destacaram com maior intenção de compra pelos entrevistados foram Smartphones (15%), Eletrônicos e eletrodomésticos (15%), moda e acessórios (12%), calçados (11%) e cosméticos (9%).