Belo Horizonte, MG 19/1/2021 –
Técnica utilizada permite construção de residências e estabelecimentos comerciais em curto prazo
A construção civil se destaca como um dos pilares para a retomada econômica em 2021 e a expectativa é de que o setor cresça 4% neste ano, segundo projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Um dos segmentos que têm chamado a atenção das empresas é o de construção modular, uma técnica que permite a montagem da estrutura de uma casa ou estabelecimento comercial em apenas três dias. Por oferecer economia, redução de resíduos, versatilidade e agilidade, essa metodologia construtiva está ganhando espaço também no nicho de imóveis de médio e alto padrões.
Conforme explica a gerente de Desenvolvimento Imobiliário do Grupo Lafaete, Flávia Venturini, a estrutura já sai pronta da fábrica e é montada pela equipe no próprio local da edificação. Entre os principais benefícios da estrutura pré-fabricada estão velocidade de execução da obra, redução de desperdício de materiais e precisão dimensional. “Também chamado de construção off-site, por ser feita fora do canteiro de obras de forma modular, o sistema é bem parecido a uma indústria automotiva, por exemplo, contando com linhas de produção. Além das inúmeras vantagens em relação à rapidez e à versatilidade, todo o processo é realizado em um ambiente controlado: os colaboradores não precisam ficar expostos ao sol e chuva ou outras intempéries, como nos canteiros de obra, possibilitando uma melhor condição de trabalho”, destaca.
Com essa linha de construção industrializada, um dos empreendimentos de alto padrão é o Alma Maraú, um condomínio fechado localizado na Península de Maraú, na Bahia, semelhante ao modelo de resort com 50 casas em um formato parecido ao de bangalôs. “Além da previsão de entrega em curto prazo, o que não seria possível no caso da obra em alvenaria, a construção modular também permite que sejam aplicados materiais com alto nível de acabamento”, afirma Flávia.
Outro empreendimento que será instalado ainda neste ano é o MiniHouse, em Lagoa Santa (MG). O projeto oferece uma concepção diferente de moradia, uma vez que será destinado para locação on demand (sob demanda), com possibilidades de curta, média ou longa permanência. “A relação das pessoas com os bens de consumo tem mudando significativamente. Por isso, oferecer uma moradia compacta, que possa ser locada de acordo com a demanda dos clientes que buscam uma opção de moradia mais prática e dinâmica, traz uma maior agilidade nesses processos”, declara a gerente de Desenvolvimento Imobiliário do Grupo Lafaete. Para o empreendedor, Flávia também destaca algumas vantagens, como a possibilidade de deslocar o empreendimento para outro espaço, de acordo com a procura por imóveis em determinado local. “Assim, eles podem atender esse público flutuante, com uma maior versatilidade nos negócios.”
Segundo Flávia, a pandemia de Covid-19 também acelerou esse processo de inovação no segmento de engenharia. “O setor está sedento por soluções tecnológicas para agilizar os processos construtivos. Vários players dessa indústria já têm buscado a construção modular”, revela. O grupo também tem firmado parcerias com empresas que utilizam o sistema de “construção a seco”, como a Saint-Gobain e a Gerdau.
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