São Paulo, SP 10/7/2020 – O incêndio na Boate Kiss foi uma tragédia que matou 242 pessoas. Hoje, está claro que o acidente se deu por conta de negligência.

A Boate Kiss, e como esta lidou com o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), mostram como é importante estar em conformidade com as normas do Corpo de Bombeiros.

Esse ano faz 7 anos de um dos desastres que mais marcaram a história brasileira e levantou uma questão bastante importante sobre normas de segurança em espaços como o da Boate Kiss.

A tragédia que aconteceu na madrugada de 27 de janeiro de 2013 na boate de nome hoje icônico levou a óbito 242 pessoas e deixou outras 680 feridas.

O espaço que era frequentada por jovens de todo o Rio Grande do Sul, entrou para o livro dos recordes com o título de terceira maior tragédia em casas noturnas do mundo.

O Plano de Prevenção a Incêndios da boate estava vencido, segundo informação passada em entrevista pelo comandante geral do Corpo de Bombeiros do Estado e mesmo quando os bombeiros locais notificaram o estabelecimento para providenciar a renovação do alvará, os responsáveis não realizaram tal procedimento.

RELEMBRANDO O CASO DA BOATE KISS

A Boate Kiss estava irregular: além de não ter um alvará de funcionamento válido, também não respeitou a número máximo de pessoas naquele ambiente, não contava com sistema de sprinklers e usava um isolante acústico proibido pelo Município de Santa Maria.

Toda essa displicência da gestão da casa noturna levou a uma mistura letal para aqueles muitos que frequentaram o estabelecimento naquela noite.

Na época, o depoimento do técnico da Divisão de Incêndio do IGP, Osvaldo Brasílio, esclareceu que a superlotação dificultou a evacuação da casa e, independente da causa do incêndio, o desfecho seria provavelmente o mesmo. Isto porque a principal causa das mortes foi a fumaça gerada pela queima da espuma ilegal.

Ainda foram apontadas irregularidades nas luzes que apontam para a saída de emergência, que deveria haver duas, no sistema de exaustão de ar e no uso de sinalizadores em ambiente interno.

Segundo o comandante dos Bombeiros, que afirmara a necessidade de renovação do alvará, o fato da boate já ter sido liberada anteriormente significa que a mesma possuía um número de extintores de incêndio satisfatório, assim como sinalização, iluminação de emergência e mais.

O ALVARÁ DOS BOMBEIROS COMO FORMA DE EVITAR DESASTRES NO FUTURO

O Plano de Prevenção Contra Incêndios, ou PPCI, é um documento que monitora, controla e revisa os padrões de segurança contra incêndio de um estabelecimento, garantindo que a segurança será mantida no caso de um acidente como o da Boate Kiss.

O PPCI é de responsabilidade do proprietário do edifício, devendo o documento em si ser elaborado por um profissional competente e respeitando todas as especificações do Corpo de Bombeiros.

Deve ser sempre levado em consideração que as ações identificadas como necessárias serão documentadas e implementadas sempre que necessário, a fim de manter os sistemas de proteção ao incêndio em funcionamento.

A Boate Kiss apresentava diversas irregularidades, a mesma sequer deveria estar aberta. A fim de disponibilizar o alvará dos bombeiros, estes profissionais avaliam todas os quesitos mencionados anteriormente e mais.

UMA TRAGÉDIA EVITÁVEL

Conforme as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros é de suma importância a elaboração do PPCI e emissão do AVCB. Sem esse documento, é impossível ter a total certeza da segurança dos frequentadores do espaço.
Nesse plano de emergência, existem:

• As características gerais da edificação;
• Os procedimentos básicos de emergência contra incêndio e pânico;
• O plano de abandono do edifício;
• A previsão de exercícios simulados;
• Plantas de emergência.

Com isso, as medidas de controle devem esclarecer as responsabilidades de saúde e proteção contra incêndio; garantir a supervisão adequada; definir os padrões específicos e mensuráveis a fim de avaliar o desempenho das medidas implementadas e assim por diante.

A SAÚDE DE TODOS OS QUE FREQUENTAM O AMBIENTE

Mesmo que pareça ser algo simples, o cuidado com as minúcias ligadas à segurança contra incêndios é mais que essencial. E para ter a certeza que tudo correrá bem, é necessário contar com uma empresa especializada, que siga todo o protocolo à risca, garantindo a efetividade ao fim.

A A5S Laudos e Engenharia é um exemplo de empresa que garante tanto que o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) quanto o CLCB (Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros) estarão completamente de acordo com o que é exigido pelos bombeiros.

OUTROS CASOS ONDE O AVCB PODERIA TER FEITO A DIFERENÇA

• MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO: O prédio bicentenário localizado no Rio, não atendia nem mesmo aos requisitos básicos de segurança, como caixas de incêndio, iluminação, presença de extintores, portas corta-fogo e mais. Como resultado dessa inadequação, uma perda imensurável de artefatos históricos acometeu toda a sociedade;
• CAMPO DE TREINAMENTO DO FLAMENGO: Também no Rio de Janeiro, no CT do Flamengo, um incêndio foi iniciado por um dos aparelhos de ar-condicionado, e matou alguns dos jogadores que não conseguiram fugir das chamas a tempo. O que faltava nesse caso era a elaboração de uma rota de incêndio, um curso da brigada e a iluminação de emergência para auxiliar a indicação da melhor rota de fuga dos alojamentos.

É necessário se atentar à parte técnica se quiser ter total certeza que tudo está na conformidade legal. A destruição de um estabelecimento é uma grande perda – mas mensurável. Impossível de comparar à perda da vida humana, esta, completamente insubstituível e imensurável.

Quer a edificação seja de uso familiar, multifamiliar ou comercial, é necessário ter todos os alvarás de prevenção contra incêndio (AVCB – CLCB) em dia, e completamente aplicados no edifício.

Website: https://www.a5s.com.br/

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