Belém do Pará 4/2/2021 – A intenção é desafogar o SUS com atendimentos de qualidade, baixo custo e sem filas, com uma base tecnológica que possa ser utilizada em pontos estratégicos.
Em fase final de estruturação, o projeto deve levar atendimento médico de qualidade a baixo custo para populações carentes.
A mudança no comportamento de consumo em todo o mundo mudou durante a pandemia. Tudo se voltou para a internet, o e-commerce se tornou o novo shopping e muita gente fez dessa a oportunidade de superar as dificuldades e se reinventar financeiramente. Mas quando se fala em consumo de atendimento médico, de consultas, exames, cirurgias, internações, esses números assustam, mesmo quem está no batalhão de frente no combate ao coronavírus. A diferença é que, mesmo sendo estudado e estruturado desde 2002, o atendimento médico on-line, a chamada Telemedicina, ainda não era tão estruturada no Brasil e recebia pouquíssimo interesse.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Telemedicina é “a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico”. Até o início da pandemia em 2020 esse recurso só poderia ser utilizado após uma primeira consulta presencial com o médico, não a substituía. Foram necessários uma resolução do Conselho Federal de Medicina, uma portaria do Ministério da Saúde e uma lei aprovada no Congresso Nacional para que essa exigência fosse extinta, ao menos enquanto durar a pandemia.
Mesmo tendo como premissas básicas “disponibilizar serviços de saúde para todos, a todo instante, e em qualquer lugar”, a Telemedicina ainda enfrenta desafios estruturais e culturais de médicos, e de instituições públicas e privadas. Ainda assim, a solução tecnológica pode ser a saída para levar assistência médica a toda a população, principalmente às mais carentes.
O país registrou um crescimento no número de médicos por mil habitantes, mas a distribuição de profissionais é muito desigual. Uma pesquisa sobre a demografia médica lançada pelo Conselho Regional de Medicina em dezembro de 2020 apontou o crescimento de 1,7 para 2,4 médicos por 1 mil habitantes em todo o país, ficando a frente de países como México, Japão e Coréia do Sul.
Mas o estudo também apontou, que apesar do incremento na oferta de médicos, algumas regiões são mais beneficiadas. No Sudeste, a proporção médico/habitante é de 3,15. Realidade diferente da encontrada no Norte e Nordeste, com taxas respectivas de 1,3 e 1,9 a cada 1 mil habitantes, tendo o Pará como o local em que a média é a menor de todas, apenas 1,07.
E é essa a realidade vivida pela médica Carolina Beckman. As longas jornadas diárias e a sensação de impotência diante da alta demanda de atendimento médico, potencializada durante a pandemia em sua terra, Belém do Pará, fizeram com que a cirurgiã ultrapassasse os limites hospitalares e arregaçasse as mangas de seu jaleco.
Além de iniciar um processo digital em suas redes sociais, ajudando a esclarecer mais de 1500 dúvidas sobre saúde, e prestar atendimento às comunidades ribeirinhas de forma gratuita, Dra. Carolina desenvolveu uma plataforma para expandir o acesso à saúde, principalmente para populações carentes.
“A ideia da Smart SOS nasceu depois de sentir as dores na pele de estar no interior do Pará e não ter médico algum para ser atendida. A intenção é desafogar o SUS com atendimentos de qualidade, baixo custo e sem filas utilizando uma base tecnológica que possa ser utilizada em pontos estratégicos. Já temos parcerias com profissionais e clínicas locais aguardando a finalização da plataforma que irá beneficiar milhões de usuários paraenses”, ressalta ela.
O Smart SOS é uma plataforma B2B2C que visa conectar clínicas e consultórios médicos populares ao público de baixa renda, levando a Telemedicina por meio de smart points, que são os locais devidamente estruturados com internet, computador e câmera para que qualquer pessoa possa se cadastrar, agendar e realizar sua consulta.
A ideia está dando tão certo que a Smart SOS foi selecionado no PICH JK, entre milhares de outros projetos para concorrer a uma mentoria e um investimento de João Kepler, um dos maiores empresários e investidores do país. A final, com outras 5 startups será na segunda-feira, dia 8 de fevereiro, às 18h50 durante uma live no Instagram.
A expectativa é que ainda este ano a Smart SOS entre em funcionamento, começando por Belém do Pará.
Para saber mais basta acessar o site: www.dracarolinabeckman.com.br e acompanhar pelo Instagram: @dracarolinabeckman.
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