Espirito Santo 30/7/2020 – “…Foi possível realizar a ativação do implante da paciente que estava em casa de maneira equivalente ao atendimento presencial…”

A pandemia da COVID-19 afetou milhares de pessoas na área da saúde das maneiras mais diversas. Durante o período crítico, este impacto chegou também aos pacientes que aguardavam atendimento dos profissionais de saúde auditiva. Com procedimentos presenciais paralisados, alguns profissionais encontraram saídas até hoje não utilizadas para realizar estes atendimentos. O resultado é promissor para todos.

A tecnologia no desenvolvimento de alternativas para combater a surdez vem avançando a passos largos. Pesquisas, estudos e muita inovação formam um conjunto essencial para o desenvolvimento de produtos de ponta que podem devolver a audição de pessoas com surdez. Um dos momentos mais esperados do paciente que faz implante coclear, é a ativação dele. Mas e se, quando chegasse esse momento, não fosse possível acionar o dispositivo. Foi o que ocorreu com uma paciente do Espírito Santo.

O que para muitos foi uma barreira, foi visto por outros como uma oportunidade para se lançar em novos e promissores desafios. Movida por uma forte vontade levar a reabilitação auditiva da melhor maneira para os seus pacientes, mesmo no isolamento, a professora da Universidade Federal do Espirito Santo, Fga. Dra. Carmem Barreira-Nielsen que é referência em telessaúde, em parceria com empresa europeia de implante coclear, a MED-EL, deram início a um projeto inovador no Brasil que poderá desenhar novos formatos de atendimento no futuro.

O Implante coclear pelo SUS no Espírito Santo

Referência no Estado do Espírito Santo, a UFES, juntamente com o Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM) oferecem gratuitamente por meio do SUS a cirurgia de implante coclear, para pessoas com deficiência auditiva que se enquadram nos critérios determinados. Em março de 2020 neste hospital, os doutores Henrique Ramos e Bernardo Ramos e a Fga Dra. Carmem Barreira-Nielsen realizaram a cirurgia de implante coclear no ouvido direito da paciente O.M.O de 74 anos, a cirurgia foi um sucesso!
Porém, ainda faltava a segunda e também importante etapa – a ativação do processador de áudio externo, que ocorre em torno de um mês após a cirurgia. Justamente neste período, ocorreu o auge da pandemia de COVID-19 no Brasil e todos os atendimentos que não eram considerados urgentes foram paralisados.

Inovação criada pelo desafio

Para quem trabalha com audição, ouvir é uma emergência. Foi essa emergência que motivou a busca de uma solução inédita para a paciente O.M.O. A Fga. Carmem, em uma força tarefa com outras duas fonoaudiólogas, Thamirez do Val Bello e Guilhermina Gomes organizaram o atendimento com um protocolo rígido de adequação de tecnologias para garantir segurança, confiabilidade e benefício para a paciente, para que seu processador OPUS 2 fosse ativado sem sair de casa.

“Com auxílio de um facilitador da família, foi possível realizar a ativação do implante da paciente que estava em casa de maneira equivalente ao atendimento presencial, estando dentro do Hospital Universitário utilizando também vídeo chamada para controlar o atendimento à distância” disse a Fga. Carmem Barreira-Nielsen.

O resultado foi além das expectativas dos profissionais e a família ficou agradecida e satisfeita com o empenho da equipe que fez com que a ativação fosse possível.

O teleatendimento em fonoaudiologia se aprimora dia após dia. Sem dúvidas, a pandemia impulsionou a criação de novas alternativas para proporcionar um atendimento mais próximo possível de uma consulta presencial. Que este modelo possa manter-se ativo e crescente mesmo após o fim do distanciamento social em benefício do paciente, sua família e do profissional.

Website: http://www.medel.com/pt-br/hearing-solutions

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