São Paulo 30/12/2020 – Serenidade para entender que vivemos uma situação única que vai passar e moderação para fazer melhores escolhas

Cirurgião bariátrico afirma que substituições nas refeições possibilitam igual prazer e proporcionam saúde

É quase impossível resistir aos tradicionais pratos desta época do ano, como o peru do Natal e a lentilha com o pernil acompanhados dos bolinhos de bacalhau; o tender, o arroz, enriquecidos com algo calórico como salpicão, salada de maionese; refrigerante, cerveja, vinho e espumante, servidos com azeitonas, nozes, castanhas, damascos, tâmaras, fiambres, queijos, finalizando com rabanada e panetone de sobremesa, além das tradicionais tortas, pudins e pavês.

A questão é que esses pratos começam a ser consumidos praticamente um mês antes, nas confraternizações das empresas, e seguem até a primeira semana de janeiro. “Com ofertas como estas, é difícil manter o limite entre fome, gula e compulsão. Sempre tem aquela história: ‘que o ano foi difícil, com tantos desafios, tanto esforço! O cérebro impulsiona um comportamento partir do merecimento, direito a essas recompensas” , afirma o médico cirurgião bariátrico Almino Cardoso Ramos, que também é responsável pela Gastro Obeso Center, foi presidente da IFSO – Federação Internacional para a Cirurgia de Obesidade e Transtornos Metabólicos.

O médico explica que neste ano, em função do distanciamento social relacionado à pandemia, essas reuniões foram muito atenuadas tanto em números totais como em quantidade de pessoas presentes. Contudo, por outro lado, as famílias estiveram muito mais próximas e reclusas, levando a alterações importantes no comportamento alimentar e favorecendo um padrão de vida muito mais sedentário com limitação de atividade física pela dificuldade de acesso à rua para caminhar, a academias e parques.

“Se a pandemia por si só já levou, segundo alguns estudos, a um aumento médio de peso entre 4 a 6 quilos por pessoa, o que esperar deste período recheado de excessos com oferta, de refeições que facilmente podem ultrapassar 1.200-1.500 calorias?”, questiona Ramos.

O cirurgião ressalta que o período entre Natal e Ano Novo, em anos anteriores, segundo estudos, pode levar a um aumento de peso entre dois a quatro quilos e chega a ser responsável pela metade do aumento de peso de uma pessoa em um ano. “Para esse ano, levando em conta todo o desgaste emocional sofrido ao longo do período e a ansiedade notadamente maior observada, as consequências certamente tendem a ser maiores levando um incremento no aumento de peso”, revela.

Serenidade e moderação são as orientações do cirurgião bariátrico, Almino Ramos.
“Serenidade para entender que vivemos uma situação única que vai passar e moderação para fazer melhores escolhas. Não é necessário, nem muito menos saudável, provar ou comer tudo que está à mesa da ceia. Escolher uma proteína, um carboidrato, de preferência integral, e preencher o restante do prato com legumes e verduras é uma boa dica”, orienta.

O médico ainda sugere substituições mais saudáveis e leves. “Em vez de frutas extremamente calóricas como castanhas, nozes, tâmaras e damasco, que devem ser consumidas em quantidade muito limitadas, prefira nossas frutas tropicais como laranja, banana, maçã e abacaxi. Limite o consumo de bebidas alcoólicas a uma ou duas taças por ocasião. Lembre-se de comer devagar, mastigando bem, saboreando os alimentos. Tente identificar o sabor de cada alimento consumido. A ideia é desfrutar do momento, das companhias, da ocasião, com uma boa conversa, aproveitando para rever e conversar descontraidamente as pessoas que não teve oportunidade ao longo de todo o ano. É um momento de lazer e relaxamento. Comer e beber faz parte, mas não é o principal”, finaliza o médico cirurgião bariátrico Almino Ramos.

Website: http://gastroobesocenter.com.br/

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