São Paulo 15/5/2020 – “O que temos a nosso favor é o jogo de cintura e muita determinação para mostrar que podemos”

Mesmo se falando muito em mulheres em funções antes dominadas por homens, ainda existe muita coisa que precisa ser consquistado

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado em 2018, apesar de as mulheres representarem pouco mais da metade dos trabalhadores brasileiros (51,7%), somente 37,8% delas estão em cargos gerenciais. Nos setores de transporte e logística, as mulheres são minoria não apenas nos cargos de chefia. Atualmente, o segmento de transporte tem cerca de 2,2 milhões de profissionais, sendo 17% do sexo feminino, 7% das quais em cargos de presidência.

Com delicadeza e determinação, as mulheres abrem seu espaço em mercados tradicionalmente dominados por homens. Nas empresas, elas exercem as mais diversas funções, com muita dedicação e excelência. Trazem na bagagem um longo histórico de estudos, noites em claro e constante superação. Pegam longas estradas com caminhões pesados e atuam como técnicas, coordenadoras, supervisoras, gerentes e diretoras.

A Comissão de Jovens Empresários (COMJOVEM) da NTC&Logística, que tem como objetivo integrar e capacitar os jovens empresários e executivos do setor, apresentou recentemente alguns dados importantes sobre este assunto. Dos 37 núcleos que fazem parte da comissão, 43,1% já contaram com uma mulher à frente da coordenação. Durante os 12 anos de história da COMJOVEM, 33 mulheres foram coordenadoras de seus núcleos. Em 2020, 33% são coordenadoras e 76,1% marcam presença na vice-coordenação.

Para Rafaela Cozar, coordenadora da COMJOVEM do núcleo de Campinas, o cenário ainda é bastante delicado. “Infelizmente ainda encontramos algumas situações de preconceito, e percebo que após conhecerem o nosso trabalho isso muda, apesar de sermos muito mais testadas que os colegas homens”, aponta.

Apesar dos números e fatos alarmantes, podemos manter a perspectiva de dias melhores. Segundo uma pesquisa feita pelo Índice de Igualdade de Gênero (GEI, de Bloomberg Gender-Equality Index) de 2020, das 325 empresas pesquisadas, 39% têm metas públicas para aumentar a liderança feminina.

“O que temos a nosso favor é o jogo de cintura e muita determinação para mostrar que podemos”, completa Rafaela.

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