11/6/2020 – A visão empreendedora está presente nesse processo: ele diminui custos e torna viável avançar nas viagens espaciais como negócio.

Pela primeira vez na história o lançamento foi feito por uma empresa privada, a Space X, de Elon Musk.

Neste momento, os astronautas norte-americanos Doug Hurley e Bob Behnken estão a 408 quilômetros de altura a bordo da Estação Espacial Internacional. Eles devem permanecer lá em cima por um mínimo de um mês e um máximo de três meses. Certamente a corrida espacial já não é mais novidade, essa é a era dos foguetes. No entanto, desde o último sábado, quando a nave Falcon 9 alçou voo, levando a cápsula Dragon Crew para a órbita da Terra, entramos em uma nova era – na qual o empreendedorismo e o reaproveitamento de materiais permitem reduzir os impactos de ações humanas até mesmo no espaço.

Pela primeira vez na história o lançamento foi feito por uma empresa privada, a Space X, de Elon Musk. A entrada da iniciativa privada, atuando em parceria com a NASA, agência espacial dos EUA, provocou modificações conceituais que devem dar uma nova cara aos futuros lançamentos.

A principal delas é o desenvolvimento de foguetes reutilizáveis. Até agora, os foguetes que levavam as cargas sensíveis eram descartados – alguns eram destruídos em contato com a atmosfera, outros continuam em órbita como lixo espacial. Mas a Space X conseguiu desenvolver um projeto no qual o mesmo foguete é aproveitado uma série de vezes. E, de fato, depois de resgatado do mar, o foguete já está de volta ao local de lançamento, para receber pequenos reparos e ficar pronto para uma nova missão.

A visão empreendedora está presente nesse processo: ele diminui custos e torna viável avançar nas viagens espaciais como negócio. A empresa de Musk já fez dezenas de voos para a liberação de satélites. No ano passado uma missão deixou em órbita nada menos do que 60 equipamentos, que estão ajudando a implantar uma rede de internet 5G global. Os negócios da Space X são tão promissores que a subsidiária já rivaliza em valor com a Tesla, a fabricante de carros elétricos, também de Musk, na casa dos US$ 30 bilhões de dólares.

Outra novidade importante do voo da Dragon Crew foi a utilização, pela primeira vez, de softwares de acesso livre, versões específicas desenvolvidas a partir da plataforma Linux. O software da sonda foi escrito em C++, enquanto a interface da tela touchscreen é renderizada utilizando Chromium e JavaScript. Em caso de problemas, os astronautas podem controlar a espaçonave com botões físicos.

A entrada de um empreendedor como Musk na corrida espacial é uma ótima notícia, porque agrega competências e sinergias do setor privado ao setor público, e traz a experiência de quem precisa, com muito cuidado, mensurar custos, avaliar condições de mercado e se planejar para manter o negócio em pé. Que sejam muitos os voos daqui para frente.

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