23/10/2020 – “As instalações piloto nas APAEs comprovam que a utilização de energia solar fotovoltaica é viável no território paulista”, afirmou Penido.

Entidade foi selecionada para um projeto-piloto como parte do convênio entre a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com fundos da Iniciativa de Infraestrutura de Qualidade do Japão (JQI)

Desde que passou a aproveitar a incidência dos raios solares para produzir energia elétrica, ao instalar um sistema de geração fotovoltaica no telhado, há quase dois anos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE São Vicente passou a economizar cerca de R$ 480,00 por mês na conta de luz, uma redução de custos de 21,3%.

O terreno da entidade abriga uma escola onde estudam 140 crianças, ambulatório, salas para sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia, entre outras atividades pelas quais passam cerca de 400 pessoas com deficiência intelectual por dia. “Os recursos que economizamos na conta de luz e algumas doações que recebemos são direcionados para uma conta que é usada para reformas e obras de manutenção”, explica o presidente da APAE São Vicente, Antônio Íris Mazza.

A entidade, juntamente com a APAE Guaíra, foi selecionada para um projeto-piloto de instalação de módulos de geração de energia solar fotovoltaica como parte do Convênio de Cooperação Técnica firmado entre a SIMA e o BID, com fundos da JQI, que avaliou o potencial de geração fotovoltaica em edifícios e espaços públicos de propriedade do governo paulista. “As instalações piloto nas APAEs comprovam que a utilização de energia solar fotovoltaica é viável no território paulista e aliam desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental”, explicou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.

São Vicente está localizada numa região com um dos menores índices de irradiação solar no Estado, devido ao elevado volume de chuvas e umidade. A análise do desempenho diário durante um ano registrou uma média de 21,35 kWh. A geração de energia oscilou de 42,4 kWh num dia pleno de sol, em meados de dezembro, e 2,1 kWh num dia encoberto e chuvoso, no início de agosto. Todavia, embora esses índices sejam inferiores a outras localidades de São Paulo, eles são superiores aos encontrados em países europeus reconhecidos pelo fomento à energia solar, como a Alemanha.

Ao gerar parte da energia que consome em suas dependências a partir de uma fonte limpa e renovável, a APAE São Vicente reduziu suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), causadores do aquecimento global. A entidade se beneficiou ainda da conscientização sobre o uso racional de energia e da sensibilização para evitar desperdícios em decorrência da realização do projeto. Isso contribuiu com uma redução adicional de 10% no consumo de energia.

Os resultados do monitoramento e as avaliações de desempenho do sistema possibilitaram comprovar na prática a viabilidade e os benefícios da geração solar na modalidade de geração distribuída, quando a energia é produzida no local em que é consumida. “A adoção de fontes limpas e renováveis de energia tem a dupla função de proteger o meio ambiente e responder às mudanças climáticas para garantir o bem-estar social, e, além disso, promove a conscientização da sociedade para o desenvolvimento sustentável”, ressalta o especialista em Energia do BID, Arturo Alarcón.

Website: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/rede-solar/

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