Lapa, Paraná 5/11/2020 – Nesta segunda planta fizemos um upgrade de tecnologia onde colocamos em prática um processo denominado glicerólis, que reutiliza subprodutos do biodiesel”

Com 900 milhões de litros por ano, a paranaense Potencial Biodiesel assume a liderança absoluta do mercado graças a ampliação de sua planta, que mais que dobrou sua produção.

O protagonismo sempre fez parte dos planos do empresário lapeano Arnoldo Hammerschmidt, fundador do Grupo Potencial, que teve uma de suas empresas, a Potencial Biodiesel, reconhecida em outubro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como a maior usina de biodiesel do Brasil, com produção anual prevista para 900 milhões de litros por ano, contra 558 milhões de litros pelo segundo colocado. A conquista é resultado da ampliação gradativa da planta, localizada em uma das cidades mais antigas do Paraná, que faz parte de um planejamento anunciado há três anos pelo empresário visionário.

Segundo Luiz Meira, superintendente da maior usina do Brasil, esse triunfo foi meticulosamente planejado. “Iniciamos as atividades da indústria, em 2012, com uma produção de 350 mil litros por dia realizada pelo processo de transesterificação. Há cerca de três anos trabalhávamos com 1.000 metros cúbicos/dia e começamos a fazer cálculos de quanto custaria fazer um upgrade na primeira planta. Chegamos à conclusão de que a construção de uma nova unidade, maior e mais moderna, nos traria resultados mais interessantes, fato é que iniciamos essa operação com 1.500 litros/dia. A soma das duas plantas totaliza uma produção diária de 2.500 m³”, explica.

Os investimentos realizados pelo Grupo Potencial no crescimento gradativo da Potencial Biodiesel sempre foram norteados pelo aumento do consumo do combustível renovável no país. “Nesta segunda planta fizemos um upgrade de tecnologia onde colocamos em prática um processo denominado glicerólis, que reutiliza subprodutos do biodiesel como o ácido graxo e a borra e transforma tudo em biodiesel – itens que até então eram vendidos pela empresa”, explica. Sendo assim, a partir deste mês de outubro, a Potencial Biodiesel passa a produzir apenas biodiesel e glicerina, itens com maior valor agregado. Sem contar que a unidade de negócios contempla uma planta específica para o refino da glicerina loira, que destaca grau de pureza da ordem de 99.7% e já foi vendida para mais de 12 países no mundo.

A Potencial Biodiesel conta hoje com 207 funcionários e, destes, cerca de 90% do time é composto por lapeanos. Em parceria com o SENAE, a empresa desenvolveu um curso para formação de Técnicos em Biodiesel com duração de dois anos, em que a empresa subsidia dois terços do total da iniciativa.

“Vai acontecer o momento em que o consumo do petróleo será menor do que o da energia renovável via combustível híbrido etanol e eletricidade. Continuamos investindo na revenda de combustíveis derivados de petróleo, mas entendemos que é preciso saber identificar novas oportunidades”, constata o diretor presidente do grupo que distribui, produz e transporta energia.

Reticente a financiamentos e a abertura de capital, todos os investimentos realizados pelo Grupo Potencial para alçar a Potencial Biodiesel a um novo patamar no mercado nacional são advindos de recursos próprios. A segunda planta da usina foi construída em dois anos e envolveu a dedicação de até 400 pessoas trabalhando simultaneamente.

Website: http://www.potencial.net.br

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