São Paulo – SP 14/10/2020 –

Em sua primeira edição online, Festival promove debates, palestras e oficinas com poetas e escritores como Conceição Evaristo, Auritha Tabajara, Mel Duarte e Mailson Furtado Viana. Público será convidado a refletir, por meio de práticas poéticas, sobre temas latentes da contemporaneidade.

A poética da cultura africana, diálogos sobre empoderamento feminino na poesia e a voz LGBTQ+ na literatura são algumas das questões que permeiam a 5ª edição do Festival de Poesia de Lisboa, evento que promove a valorização e difusão de poemas na língua portuguesa mundo afora, incentiva a leitura e a criação literária e reúne autores lusófonos que residem nos mais diversos países. Seguindo as tendências mundiais, em que instituições e eventos culturais vêm digitalizando suas operações, o Festival decidiu adotar o formato online e apresentará, de 18 a 24 de outubro, toda a programação em seus canais digitais (Link Instagram/FestivaldePoesiadeLisboa www.instagram.com/festivaldepoesiadelisboa e link Facebook/FestivaldePoesiadeLisboa www.facebook.com/festivaldepoesiadelisboa) e em oficinas no Zoom.

A partir do tema eleito para a edição, R-Existir, a poesia como afirmação de nossa existência, figuras emblemáticas da literatura contemporânea e escritores em ascensão conduzem o público por debates, oficinas e painéis sobre a r-existência da mulher na poesia, o poder da poesia em processos difíceis da vida, a poética infantil e estereótipos sociais, raça e gênero na escrita poética, dentre outros tão latentes no mundo atual. São poetas, escritores como Conceição Evaristo – autora homenageada neste 5º Festival de Poesia de Lisboa – , Lubi Prates, Mailson Furtado Viana, Mel Duarte e João Innecco.

Com apoio do Instituto Camões, o Festival tem curadoria do jornalista brasileiro Gustavo Prudente, idealização e organização da escritora brasileira Jannini Rosa, diretora da Helvetia Edições – editora suíço-brasileira que promove a difusão de autores brasileiros na Suíça e também o oposto, ou seja, autores suíços no território brasileiro – e da escritora luso-suíça Carla De Sá Morais.

Por meio de um edital aberto, o evento reuniu mais de 90 autores de diferentes gerações, estilos e regiões. São poetas lusófonos residentes no Brasil e em Portugal, além de imigrantes de países como Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Grécia e Suíça. Cada um deles, apresenta poemas singulares e inéditos, feitos a partir do tema R-existência, e todas as criações serão publicadas em uma antologia.

Os poetas ainda concorrem a uma premiação. Um júri composto pelo curador, pelas organizadoras e pelos escritores que compõem as oficinas e painéis, vão eleger três poetas. O primeiro lugar ganha um livro publicado pela Helvetia Edições (editora suíço-brasileira), participação no Salão do Livro de Genebra, além do troféu e certificado. O segundo, será contemplado com participação em uma antologia inédita da Helvetia, um troféu e certificado, e o terceiro ganha uma entrevista publicada no site da editora, além do troféu e certificado.

Programação

No decorrer dos sete dias do Festival, o público poderá participar de oficinas, debates e painéis. Para participar das oficinas, é preciso realizar inscrição pelo e-mail festivaldepoesiadelisboa@gmail.com. Confira a seguir a programação completa:

Abertura oficial
18 de outubro (domingo), das 15h às 17h
“A poesia de Conceição Evaristo e a sua r-existência”

Escritora criativa e dinâmica, sensível e reflexiva, Conceição Evaristo escreve a partir de sua perspectiva como mulher negra na sociedade. Nome célebre da literatura contemporânea, é ela quem abre a programação do Festival de Poesia de Lisboa em uma mesa de debate sobre seu processo de criação e sua r-existência. A conversa acontece via Zoom, com mediação do curador Gustavo Prudente e das organizadoras Jannini Rosa e Carla De Sá Morais.

*Transmissão ao vivo na página do Facebook do Festival de Poesia de Lisboa (www.facebook.com/FestivaldePoesiadeLisboa)

19 de outubro (segunda-feira)
A pele r-existe

Das 10h às 12h
Oficina “A poética da cultura africana e seus traços diaspóricos”, com Ermi Panzo

Ermi Panzo é um artista polivalente, é escritor, poeta, coreógrafo, bailarino e performer. Nascido em Angola, já passou pelo México, morou em Cuba e no Brasil. Neste encontro, ele compartilha narrativas da poesia africana por meio de poemas e autores que evidenciam o sujeito poético do cotidiano africano e seus transcendentes às diásporas. Os participantes serão convidados a reconhecer a África lendo textos de autores africanos e diaspóricos e identificar os diferentes tipos de manifestos que seus textos trazem consigo em resposta à afirmação negroide como resistência.

Oficina via Zoom
Inscrições via e-mail (festivaldepoesiadelisboa@gmail.com) até 12 de outubro

Das 15h às 17h
Painel “Viemos de longe: a resistência de povos negros e indígenas na Literatura”, com Auritha Tabajara, Conceição Evaristo, Lubi Prates e Mayne Silva

Os povos originários já ocupam as terras brasileiras com sua rica cultura muito antes da invasão portuguesa. Da mesma forma, as diversas populações africanas forçadas a trabalhar como escravos trouxeram para o Brasil um tesouro cultural mais antigo que a dominação colonial. O levante negro e indígena, em áreas diversas como política, economia e as artes, não é uma novidade: é o resultado da R-Existência continuada de povos que vêm de muito longe.

Autoras como Conceição Evaristo são exemplos de como a poesia tem servido a esse levante. Seja por meio da denúncia ou da afirmação da vida, povos indígenas e negros têm usado a palavra poética para gerar obras que demarcam suas lutas históricas e, ao mesmo tempo, têm um valor literário que transcende o tempo e atravessam qualquer coração humano.

Em “Viemos de longe: a resistência de povos negros e indígenas na Literatura”, a jornalista Paula Batista, mediadora convidada do 5º Festival de Poesia de Lisboa, receberá para um painel de debate Conceição Evaristo, autora consagrada de livros de prosa e poesia traduzidos para diversas línguas; Auritha Tabajara, cordelista e contadora de histórias indígena; Lubi Prates, premiada poeta, editora, tradutora e curadora, finalista do 61º Prêmio Jabuti; e Mayne Santos, líder comunitária de Uruçuca, sul da Bahia.

*Transmissão ao vivo na página do Facebook do Festival de Poesia de Lisboa (link www.facebook.com/FestivaldePoesiadeLisboa)

A programação completa pode ser conferida link aqui https://url.gratis/RBMgI.

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