São Paulo 15/12/2021 – O consumidor brasileiro está mais conectado do que nunca com a categoria de vinhos e com isso, muito mais exigente – Isabel Guilisasti, VP da Concha Y Toro

Conhecimento do consumidor brasileiro sobre rótulos premium chilenos tem crescido graças à campanhas de educação e mais informação sobre vinhos além da categoria Reservado

Em recente evento promovido pela Wines of Chile a mensagem-chave foi mostrar que o Chile não é o país dos vinhos Reservados, que recheiam as gôndolas de qualquer supermercado no Brasil. Mudar esta imagem é uma questão importante e urgente para o país andino, que atualmente exporta 80% dos seus vinhos. Mesmo sem qualquer legislação a respeito, foram os Reservados que abriram o mercado de vinho chileno no Brasil até levar o país na liderança dos rótulos mais importados para cá. O Chile ocupa o primeiro lugar, com mais de 40% de participação de mercado em volume, no ranking dos vinhos mais importados pelo Brasil.

No evento de abertura,  Angelica Valenzuela, diretora comercial da Wines of Chile, destacou que o Brasil hoje representa 15% do volume total das exportações de vinhos chilenos e lidera o ranking do destino de garrafas do país, a frente da China e dos Estados Unidos, que ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares. Atualmente, os vinhos representam quase 6% do total das exportações do país andino (sem incluir o cobre) e vem crescendo em importância. Esta liderança, no entanto, se baseia em vinhos mais simples e, principalmente, de baixo valor agregado. Um exemplo é que o valor médio da caixa de 9 litros de vinho chileno que entra no Brasil é de US$ 23,90 (valor FOB). Isso significa menos de US$ 2 por garrafa, lembrando que a caixa de 9 litros corresponde a 12 garrafas de 750 ml.

“O evento trouxe à prova aqueles brancos e tintos que não estão no topo da pirâmide, mas quase lá. Com forte vocação exportadora, o Chile foi muito hábil em desenvolver também esta categoria de vinhos que o brasileiro ainda conhece pouco. Nas últimas duas décadas, os produtores do país intensificaram o trabalho de conhecer melhor seu terroir e aproveitar suas características únicas, seja de norte a sul, como de leste a oeste. Um exemplo são os vinhedos aos pés da imensa Cordilheira dos Andes, com picos de até 6.962 metros de altura do nível do mar, que moldam os vinhedos com a brisa fria da montanha e a água do degelo. Do outro lado deste país comprido e estreito – são 4.300 quilômetros de norte a sul e 177 quilômetros de leste a oeste – , o gelado Oceano Pacífico traz correntes marítimas frias que proporcionam o lento amadurecimento, principalmente, das variedades brancas”, comentou a jornalista especializada em vinhos,  Suzana Barelli.

Ao investirem em conhecer o seu terroir, o Chile passou a colocar tintos, principalmente, mas também brancos de estilo diferente daqueles rótulos conhecidos do Vale Central. Esse é o caso dos Vinhos Marques de Casa Concha, da viña Concha Y Toro, que seguem como marca líder no segmento premium, segundo a consultoria Nielsen. A linha, com oito rótulos, dobrou de volume no Brasil nos últimos 5 anos, sendo que em 2020 a marca cresceu 25% no país, mantendo-se líder no segmento Premium, com 17,8% de Market Share (Nielsen Scantrack – setembro 2021).  O Brasil é o segundo maior mercado de Marques de Casa Concha no Mundo, atrás do Chile, fato que motivou a recente campanha Descobridores, protagonizada pelo enólogo Marcelo Papa e o chef Felipe Bronze, que ensinará o público a descobrir as melhores harmonizações dos rótulos com as receitas do chefe brasileiro.

“O Brasil é, sem dúvida alguma, um dos mercados mais importantes para a Viña Concha y Toro em todo o mundo. A companhia tem suas marcas distribuídas em mais de 130 países, mas categoriza internamente o mercado Brasileiro como A+; ou seja, aquele que está entre os que recebe maior foco, investimento e atenção de todo o grupo. Isto se reflete nos números apresentados pelo Brasil, que tem apresentado crescimento duplo dígito nos últimos anos. Hoje o país é o 4º maior mercado da Viña Concha y Toro em valor de vendas em todo o mundo, atrás apenas de Inglaterra, Estados Unidos e Chile”, comenta o CEO para o Brasil, Mauricio Cordero.

A vice-presidenta de Vinhos Finos e Imagem Corporativa, Isabel Guilisasti aponta, por sua vez, que o consumidor brasileiro está mais conectado do que nunca com a categoria de vinhos e com isso, muito mais exigente. “Mesmo antes da pandemia, o brasileiro evoluiu muito seu conhecimento, seja por que viajou e conheceu vinícolas em países produtores, ou por que no Brasil mesmo se interessou em conhecer mais sobre o mundo do vinho. Isso criou uma situação de oportunidade no mercado, que se intensificou durante o período da pandemia. Esta exigência fica ainda mais evidente quando falamos sobre a venda de vinhos finos e de alta gama no Brasil, que está muito aquecida. Existe um segmento de consumidores muito relevante no Brasil que busca os melhores vinhos provenientes de todo o mundo”, disse a executiva.

Para estes consumidores, a Concha y Toro relançou um portfólio de marcas denominado “Cellar Collection”. São produções bastante limitadas em volume, e hoje 6 meses depois deste lançamento a Concha y Toro tem dificuldade de atender toda a procura por estes vinhos aqui no país. Outro exemplo é o de Don Melchor, que teve crescimento meteórico nas vendas em todo o Brasil após apresentar uma premiação de 100 Pontos pelo crítico de vinhos James Suckling. O Brasil hoje é o maior mercado consumidor para esta marca.

No mercado global, a Viña Concha y Toro fechou o terceiro trimestre com um aumento de 15,4% no lucro ano-a-ano, o que o grupo atribuiu a um melhor mix de produtos e melhoria do mercado interno. A marca líder da companhia, Casillero del Diablo, por sua vez, teve mais de 100% de crescimento em valor durante o terceiro trimestre. O crescimento significa que o grupo atingiu um lucro de US $ 30.316 milhões neste período, enquanto acumulou US $ 68.062 milhões de lucro nos primeiros nove meses de 2021, representando um aumento ano a ano de 23%. 

Website: http://www.conchaytoro.com

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