11/11/2021 –

Com a meta de ser neutra em carbono até 2030, Glasgow, sede da COP26, é considerada uma das cidades mais sustentáveis do mundo.

No final de outubro começou em Glasgow, na Escócia, a 26ª Conferência das Partes ou COP26. A conferência reúne os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que apresentam seus planos e debatem sobre medidas para limitar a emissão de gases de efeito estufa.

A primeira COP foi realizada em Berlim, na Alemanha, em 1995, um ano depois de firmado o tratado sobre as mudanças climáticas. Desde então, a conferência é realizada todos os anos, mas, em 2020, devido à pandemia da Covid-19, foi adiada. Agora, 200 líderes mundiais estarão reunidos para mostrar o que estão e continuarão fazendo para controlar o aquecimento global.

Em 2014, em Lima, no Peru, todos os países signatários concordaram em se comprometer com ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. E, no ano seguinte, na COP21, foi assinado o acordo de Paris, país anfitrião da cúpula. Neste acordo, os 195 líderes globais participantes assumiram compromissos específicos para que o aumento de temperatura mundial não ultrapasse dois graus centígrados quando comparado aos níveis pré-industriais.

O acordo de Paris estimula a adoção de fontes renováveis de energia, como eólica e solar, entre outras, e determina que os países signatários devem rever o progresso alcançado a cada cinco anos.

O aumento da temperatura provocado principalmente pela queima de combustíveis fósseis faz com que as geleiras derretam e o nível dos oceanos aumente, provocando eventos climáticos cada vez mais extremos em todo o mundo, como ondas de calor ou frio intenso, inundações e incêndios florestais. A última década foi a mais quente já registrada.

Lugar verde encantador

O aquecimento da Terra ocorre porque a atmosfera captura o calor irradiado: o acúmulo de gases, especialmente o dióxido de carbono (CO2), impede que ele se dissipe. A atividade humana, ao queimar combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, fez com que a concentração de CO2 aumentasse 50%, elevando a temperatura em cerca de 1,2 ºC desde o século 19.

Na COP25, em Madrid, na Espanha, última conferência realizada, foi feito um acordo e cada país concordou em elaborar um plano para cortar suas emissões até a conferência em Glasgow. Agora, seus representantes terão que apresentar relatórios sobre as medidas e o progresso que fizeram. Porém, mesmo com um ano a mais no prazo inicialmente previsto, alguns países terão pouco a mostrar.

Os próximos dez anos são considerados a década decisiva para reduzir os impactos das mudanças climáticas e por isso é fundamental que os líderes globais assumam a responsabilidade por mudanças efetivas.

O fato de a COP26 ser sediada na cidade escocesa de Glasgow pode ser um incentivo. Com a meta de ser neutra em carbono até 2030, a cidade é considerada uma das mais sustentáveis do mundo. É a segunda na Europa com a maior proporção de área de vegetação por habitante, 32%, e prevê plantar 18 milhões de árvores, ou 10 por habitante, até o fim da década. A cidade incentiva o uso de bicicletas e reaproveita 90% do lixo para gerar energia.

Website: http://www.ariehalpern.com.br/sede-da-cop26-glasgow-pode-inspirar-mudas-efetivas-para-reduzir-o-aquecimento-global/

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