São paulo 18/11/2021 – A pandemia mudou o cenário econômico brasileiro e o boom do MEI e home office passou a ser uma forma de garantir renda extra e driblar o desemprego no Brasil.

O início da pandemia marcou uma série de mudanças no cenário brasileiro e mundial, causando uma série de alterações nos negócios, no poder de compra, bem como no mundo dos microempreendedores e no sistema home office.

Desde o início de 2021, os números de CNPJs abertos para microempreendedores tiveram um salto nunca antes visto no Brasil, com um acréscimo de mais de 1 milhão no último balanço, de acordo com o Portal do Empreendedor do Governo Federal. A necessidade de renda extra diante de um cenário complicado com fechamentos de empresas e baixos salários também resulta em dúvidas de como iniciar neste mercado ou de como altera a economia.

De acordo com Ricardo Teixeira, coordenador de Gestão Empresarial da Fundação Getulio Vargas, o principal desafio desse aumento de empreendedores é justamente a falta de conhecimento sobre o assunto. Afinal, segundo Ricardo, não basta abrir um CNPJ ou mesmo montar uma empresa e esperar pelo cliente. É preciso fazer com que o negócio funcione e gere receita. Ainda que seja uma oportunidade de sucesso e independência financeira, o MEI é apenas uma formalização, que precisa de muito trabalho para continuar rodando. Em suma, esses empreendedores iniciantes são os que correm mais riscos e também são aqueles que estão dispostos a fazer mais, como manter uma carga horária excessiva quando o salário não corresponde a tal esforço.

Inicialmente, o empreendedor entende isso tudo como uma garantia para alcançar um sonho de ter o próprio negócio. Ao mesmo tempo, esse impulso de novos empreendedores tem acrescido em 20% as contratações no território nacional, quebrando as barreiras geográficas. Isso porque, com o serviço em home office, os MEIs podem contratar pessoas de qualquer lugar e definir novas relações de trabalho, alavancar o negócio ou até mesmo escalonar a empresa.

Métodos para desenvolver o MEI e home office

Ricardo Teixeira afirma que se tornar um empreendedor envolve diferentes passos, começando pela crença que é simples criar uma empresa. Depois disso, a inscrição no MEI formaliza o negócio e permite a empresa tenha novas portas de entrada, como parcerias, valores especiais, descontos na compra de materiais e ainda evite problemas com o Governo. Entretanto, cabe o empreendedor buscar por qualificação, um ponto fundamental para quem quer fazer parte dessa aventura e para alcançar o sonho de negócio próprio com lucratividade e sucesso. Com a tendência dos MEIs, Teixeira afirma que o emprego formal pode continuar em queda, resultando em uma nova geração de indivíduos altamente qualificados, que realizam contratações e que impulsionam a concorrência do mercado.

No cenário econômico brasileiro, isso pode significar um aumento nos lucros e impostos, novos formatos de trabalho e ainda forçar empresas formais a se atualizarem. Não à toa, alguns destes negócios já iniciaram um processo de mudança, aumentando o número de funcionários que vão permanecer no sistema home office mesmo com a liberação para reabertura.

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