São Paulo – SP 24/6/2021 –

Brigas entre casais, familiares e colegas que dividem o mesmo lar acontecem com mais frequência desde o início da pandemia. Convívio excessivo pode ser um dos fatores

O desafio imposto pela pandemia da COVID-19 trouxe dificuldades para além da saúde pública – e engana-se aquele que entende que somente a economia foi afetada. Passando mais tempo em casa, conflitos familiares tornaram-se pauta de discussões e apresentaram crescimento expressivo.

De acordo com dados disponibilizados pela estimativa “Mapa Brasileiro da COVID-19”, mais da metade da população esteve isolada há pouco mais de um ano, desde abril de 2020. Ainda que os índices de isolamento tenham baixado no momento atual, as saídas ainda são controladas e, muitas vezes, para realização de atividades essenciais, como o trabalho e estudo.

Dessa forma, aqueles que compartilham o lar, ficam unidos de forma integral, compartilhando espaços e problemas de esferas que vão além da vida pessoal. O reflexo do comportamento trouxe como resultado um aumento de 431% em brigas de casais, por exemplo, de acordo com análise realizada no Twitter pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Decode Pulse.

Consequências da pandemia

Marcos Mazullo, treinador comportamental, pôde ver de perto os acontecimentos ao acompanhar seus pacientes. “Trazer o trabalho, estudo e lazer para dentro de casa foi um desafio – e nem sempre o resultado foi positivo. Transformar o ambiente de descanso em um local para realização de multitarefas pode, de fato, criar uma sobrecarga que muitos não estão preparados para lidar”, explica.

O especialista conta que recebeu muitas demandas que tinham como intuito ressignificar conflitos a partir da convivência excessiva e prolongada. “Entendo que, diante de alguns momentos da pandemia, o instinto individual foi aflorado. A falta de empatia sistêmica com os limites e espaço do outro causa confusões e desentendimentos. Além disso, vimos surgir uma nova forma de se policiar: por meio do comportamento do outro. Um misto de ‘o que o outro está fazendo é errado’ e ‘eu não faço isso'”, aponta, Marcos.

Por fim, Mazullo explica que a sobrecarga da pandemia é uma realidade. “Ninguém sabia como reagir diante de um inimigo invisível. O medo sentido por todos é real, legítimo e pode causar alterações no comportamento de cada um”, explica.

Ainda assim, é importante voltar a atenção para o autocuidado – e até mesmo avaliar quando a ajuda profissional é necessária. “A fadiga e o cansaço fazem parte da rotina de muitos atualmente. É preciso agir para que este momento seja enfrentado da forma mais controlada possível”, finaliza.

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