São Paulo, SP 25/5/2021 – Os pequenos projetos fazem a diferença. Falamos do coletivo, de instituições que estão no sertão profundo do Brasil, distante de capitais, fora do radar.

Auxiliadas pelo Movimento Bem Maior, instituições oferecem recursos como fonte de geração de renda familiar

O Movimento Bem Maior realiza um trabalho de sinergia com ONGs para combater a fome nas regiões mais carentes do Brasil. Só nas regiões Norte e Nordeste são mais 16 instituições, com diferentes propostas nesta teia de trabalho voluntário. Todas contribuem para a melhora na qualidade de vida da população que atendem. De acordo com Carola Matarazzo, diretora-executiva do Movimento, estes projetos de impacto local são fundamentais para o crescimento da cadeia de doação: “Os pequenos projetos fazem a diferença. Falamos do coletivo, de instituições que estão no sertão profundo do Brasil, distante de capitais, fora do radar. Não têm acesso a crédito, financiamento, editais. É essencial seguir com os esforços conjuntos direcionados para estas ONGs. Sabemos da relevância de eles estarem atuando onde a política pública não chega.”

O município de Curimatá, no sul do estado do Piauí, possui 11.388 habitantes. Com um IDH de 0,60 e renda média de 1,5 salários mínimos, tem como suporte o Projeto Água Cidadania e Ensino – PACE, uma entidade sem fins lucrativos, criou o Projeto Sustentabilidade da Família que visa ampliar as possibilidades de geração de alimentos e consumo próprio. Oferece capacitação para a criação, manejo e comercialização de aves no sistema de avicultura familiar e insumos para 91 famílias diretamente. No total, são 364 pessoas beneficiadas pela instituição.

Segundo o Mapa da Fome da ONU, o país tem cerca de 5% da população em situação de insegurança alimentar nutricional. Projetos como esse podem ajudar a reverter esta situação e deixar uma rede fortalecida e perene na região.

A ONG Voluntários do Bem atua na cidade de Inajá, em Pernambuco, Microrregião no Sertão do Moxotó, junto a famílias em vulnerabilidades social, incentivando-as a produzirem seu próprio alimento e a terem uma independência financeira com o excedente dos alimentos, através de uma tecnologia chamada Sisteminha Embrapa. A tecnologia é fundamentada em quatro princípios: 1) miniaturização, 2) replicabilidade, 3) escalonamento da produção, 4) segurança alimentar e nutricional. Nesse caso, o foco é a criação de peixes, que integra a produção de codornas, porquinhos-da-índia e minhocas, vegetais como milho, feijão, abóbora, batata-doce, inhame, tomate e folhosas. Todos os módulos utilizam insumos e técnicas de ponta, garantindo alimentos diversos de qualidade por todo ano, de forma sustentável. Cerca de 30 pessoas são beneficiadas diretamente e 120 indiretamente. São 23.247 moradores em Inajá. O IDH do município é de 0,52.

No Norte do país, no planalto Mamuru Cidade de Juruti, Estado do Pará, 11 famílias da Comunidade Santo Antônio do Murituba são atendidas pelo projeto sócio ambiental Reflorestar para Empreender, em 11 hectares das áreas degradadas. No total, são 42 pessoas beneficiadas diretamente pela instituição e 168 indiretamente. Cada beneficiado tem uma renda média de R$ 300 por família.

Os participantes aprendem a restituir a fauna e flora local, devolvendo a fertilidade das áreas para o desenvolvimento da agricultura familiar responsável, através do plantio de árvores nativas, como: cumaru, andiroba, copaíba, castanheiras entre outras espécies; assim como frutíferas para a fabricação de polpas para a geração de renda e sustentabilidade para a comunidade. Além disso, serão adquiridos equipamentos para beneficiar derivados da banana e outras polpas de frutas para a Casa de Beneficiamento da Bananitas, proporcionando geração de renda da comunidade e entorno. Com 57.943 habitantes, Juruti tem um IDH de 0,59.

É um trabalho contínuo que pode inspirar instituições semelhantes. Transformando o local em que atuam e somando os esforços às políticas públicas.

Website: https://movimentobemmaior.org.br/

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