São Paulo – SP 2/7/2021 – Agora temos um importante instrumento de combate ao preconceito nas mãos.

Entidades patronal e laboral assinaram acordo conjunto que prevê a obrigatoriedade do respeito à diversidade sexual e igualdade de oportunidades de trabalho.

Nesta segunda-feira, 28 de junho, comemorou-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, uma data que serve para discutir a igualdade de direitos e o respeito à orientação sexual de cada ser humano, estendendo a discussão do respeito à diversidade por toda a semana. E um fato inédito, o setor de Beleza entendeu que a diversidade sexual deve ser discutida e promovida, por isso, as entidades que representam empresas e profissionais da Beleza na cidade de São Paulo colocaram em sua última Convenção Coletiva de Trabalho o “direito à igualdade”, obrigando empresas a respeitar seus funcionários independentemente de orientação sexual, dando oportunidade igualitária de emprego a todas as pessoas.

Dentro do documento, que começa a valer em setembro deste ano, o sindicato ressalta ter como princípios a “não discriminação e a igualdade de tratamento por razões de sexo, estado civil, idade, origem racial ou étnica, condição social, religião ou convicções, ideias políticas, orientação sexual, identidade de gênero, diversidade funcional e filiação ou não a um sindicato”.

Para Maria dos Anjos Hellmeister, presidente do SindeBeleza (sindicato que defende trabalhadores e trabalhadoras do setor da Beleza na cidade de São Paulo), a pauta do respeito à diversidade é essencial na sociedade atual. “Essa foi uma proposta que fizemos dentro da discussão da convenção coletiva e levamos ao setor patronal, que concordou em acrescentar este item. Agora temos um importante instrumento de combate ao preconceito nas mãos, com uma cláusula específica que pode ser usada em processos judiciais, dando ao trabalhador e à trabalhadora da Beleza mais poder para se defender da intolerância”, explica a dirigente.

Oportunidades iguais
Dentro do documento, as empresas e os sindicatos se comprometem a oferecer as mesmas oportunidades para todas as pessoas que trabalham dentro dos estabelecimentos de beleza. “As empresas e os sindicatos se comprometem a promover a igualdade de tratamento e oportunidades no emprego no mercado de trabalho”, diz o texto.

Maria dos Anjos explica que não é só uma questão de respeitar o próximo, mas de colocar a discussão em pauta. “Uma sociedade que quer evoluir não pode aceitar que pessoas sejam discriminadas de forma alguma. A intolerância, seja ela qual for, mostra um retrocesso que não podemos e não iremos aceitar”, reforça a sindicalista.

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