Santos, SP 22/4/2021 – “O rodoviário tende a ser mais rápido, mas importante mencionar que na análise trecho a trecho pode haver trânsitos que empatem”, explica Otavio Cabral.

Otavio Cabral, Head de Modal Marítimo, e Francisco Pontes, Head de Modal Rodoviário, ambos da Costa Brasil, desvendam as principais características dos transportes de cargas via cabotagem e rodovias

A viabilidade de um negócio é impactada diretamente pela logística de transporte de produtos. Ela determina a precificação, a margem de lucro, o tempo de entrega, o fluxo de distribuição, entre outros fatores decisivos para a competitividade entre empresas de diferentes setores, mas com um único objetivo: entregar seu produto em segurança e com economia aos seus clientes.

Quem imagina que a logística afeta tão somente a tomada de decisão da empresa se engana, com a tecnologia cada dia mais avançada, a globalização e o bombardeio de milhares de informações em poucos minutos, principalmente na Internet, tornaram os consumidores contemporâneos mais imediatistas, ou seja, quanto menor for a janela entre o despertar do desejo ou necessidade por um produto e a chegada dele nas suas mãos, melhor será sua experiência de compra.

Oferecer variedade de modais, como a Costa Brasil, que trabalha através da Operação de Transporte Multimodal (OTM) em todo o território brasileiro, atende às particularidades de cada carga a ser transportada, de acordo com suas características como: perecibilidade, volume, origem, valor agregado, mercado etc. 

Com a ajuda dos especialistas Francisco Pontes, Head de Modal Rodoviário, e Otavio Cabral, Head de Modal Marítimo, ambos da Costa Brasil, será possível entender as diferenças entre o modal de transporte feito pelas ruas, estradas e rodovias e o modal de transporte realizado por navios entre portos de um mesmo país, também conhecido como cabotagem. Vale dizer que o sistema de cabotagem faz parte da história da Costa Brasil há 6 anos, sendo seu atual carro-chefe, e o modal rodoviário foi lançado na última sexta-feira (16 de abril).

Responsável pela maior fatia de distribuição do sistema logístico brasileiro, de acordo com o Plano Nacional de Logística do Ministério da Infraestrutura, o transporte rodoviário cobre cerca de 65% do panorama de movimentação de cargas no Brasil, já a cabotagem responde a 11%, ficando atrás do ferroviário, com 15%, e na frente do hidroviário, dutoviário e aeroviário, que dividem os 9% restantes.

Segundo Francisco Pontes, uma das maiores vantagens do modal rodoviário é a capilaridade, melhor dizendo, a distribuição sem limitação geográfica, servindo todos os cantos do Brasil com a maior abrangência possível, já que por meio das estradas é possível alcançar até os locais de acesso mais difícil. Enquanto a cabotagem é mais competitiva entre cidades com maior proximidade de zonas portuárias.

Em contrapartida, Otavio Cabral afirma que dados de sinistralidade também devem ser levados em consideração para a escolha do transporte mais adequado. O índice de acidentes do modal marítimo, de 0,24%, só não é mais baixo que o ferroviário, com 0%. Dessa forma, a cabotagem conta com os menores custos de seguro, sendo a referida entre os produtos de alto valor agregado. E ainda tendo em mente a sinistralidade, é possível entender que quando se fala sobre previsibilidade, a cabotagem se destaca, sabendo que as chances de imprevistos acontecerem nas rodovias são maiores que no mar, o que não significa que a cabotagem tem os prazos mais curtos de entrega. “O rodoviário tende a ser mais rápido, mas importante mencionar que na análise trecho a trecho pode haver trânsitos que empatem”, explica Otavio Cabral. Francisco Pontes aponta ainda que quando a distribuição é nacional, sendo necessária a passagem por diferentes regiões, como no caso de redes de franquias espalhadas pelo país, o sistema rodoviário provavelmente oferecerá prazos mais satisfatórios em comparação ao marítimo. 

Em relação a tipos de carga, Francisco Pontes defende que, de modo geral, qualquer tipo de produto pode ser transportado em ambos os modais. Otavio Cabral esclarece que apenas há uma aderência maior para aquele ou este modal, dependendo do setor: “Cargas pesadas, frágeis, com valor agregado alto (pelo valor do seguro) ou com custo muito baixo e menos sensíveis a lead time (tempo de espera) se enquadram melhor na cabotagem.” Ele completa dizendo, então, que cargas com maior cubagem e que exigem um trânsito mais rápido têm mais adesão ao modal rodoviário.

Outra diferença que pode se enfatizar é a disponibilidade de saídas. Enquanto nos portos as partidas costumam ser 1 ou 2 vezes por semana, os caminhões podem sair em uma frequência bem maior. Isso se dá até mesmo pelas características de cada modal onde o navio concentra a demanda do que corresponderia a milhares de carretas em uma única saída.

Em questões ambientais, a cabotagem conta com o menor consumo de combustível por tonelada transportada. Transformando em números, para carregar o mesmo volume de carga de uma embarcação de 6 mil toneladas, seriam necessárias 172 carretas de 35 toneladas ou 86 vagões de 70 toneladas. Consequentemente, o modal marítimo tem uma menor emissão de poluentes.

Portanto, ambos os modais têm suas semelhanças, diferenças e especificidades que devem ser examinadas caso a caso, dependendo do tipo, peso, volume, valor e destino dos produtos, o que a Costa Brasil faz estrategicamente visando também os objetivos e recursos do cliente. A cabotagem e o rodoviário são complementares e fundamentais para o bom funcionamento da cadeia logística do Brasil, dando cobertura tanto através da linha costeira quanto pelas estradas que ligam Norte ao Sul do país.

Website: https://www.costabrasil.com.br/

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