São Paulo – SP 27/4/2021 – As pessoas que aprenderam inglês por imersão eram significativamente mais fluentes do que as que o aprenderam do modo convencional

Para obter proficiência iniciando aulas de inglês na idade adulta é totalmente possível, o segredo é o esforço contínuo.

Estudos enfatizam que é mais fácil aprender um novo idioma quando criança. Segundo pesquisa publicada pela organização científica global Elsevier, esta facilidade estaria relacionada ao desenvolvimento social da criança. Porém, em um país como o Brasil, nem todos têm condições de estudar e ter acesso a um curso de inglês desde cedo. A boa notícia é que para obter proficiência iniciando aulas de inglês na idade adulta é totalmente possível, conforme demonstrado em artigo da Scientific American.

Segundo o artigo, o segredo é o esforço contínuo – além de muita dedicação e a exposição continuada ao idioma: o inglês deve ser integrado o máximo possível à vida do aluno. E existem técnicas para se fazer isso. Profissionais especialistas no assunto apontam dicas para potencializar o estudo de inglês.

1 – Ter motivação e disposição para errar

Segundo a neurocientista Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a motivação é uma condição básica para qualquer aprendizado, e o tempo que cada pessoa leva para adquirir fluência em um idioma está relacionado a diversos fatores – entre eles a abertura psicológica e emocional. Quanto mais se estiver aberto a erros, sem o peso de acertar sempre, mais depressa se dará a aprendizagem. Por isso, encarar aprender inglês como algo divertido faz diferença se o que se deseja é avançar mais rápido até a sonhada proficiência.

2 – Inserir o aprendizado em um contexto cultural

O CEO húngaro Balázs Csigi aposta que a imersão não deve se dar apenas em termos de tempo de exposição à língua estrangeira, mas especialmente no aspecto cultural. Csigi, fluente em 7 línguas, escreveu na revista Insider que não basta memorizar palavras e expressões ou aprender regras gramaticais. O que de fato fará a diferença é dominar a cultura do idioma que se está aprendendo. “É como desvendar um código secreto empolgante ou conectar as pistas em uma história de detetive”, diz. “A maioria das palavras de um idioma revela uma mentalidade específica” – e é essa mentalidade que fará a diferença entre ser um aluno intermediário e alguém que poderá se fazer passar por um nativo.

3 – Assistir filmes sem legenda e ouvir música em inglês

A técnica de assistir filmes sem legenda é bastante conhecida pelo público geral, mas a neurocientista Carla Tieppo sugere uma modificação. Primeiro, assistir ao filme com legendas em sua língua materna. Depois, com legendas em inglês. E, por último, sem legendas. Isso potencializa a associação entre o som e a grafia das palavras e faz com que a pessoa se acostume a ouvir o idioma sem recorrer a nenhum apoio externo – no caso, a legendagem.

Ouvir música em inglês segue o mesmo princípio. Para que funcione, é preciso selecionar canções favoritas no idioma. Ao ouvi-las, deve-se acompanhar com a letra, tentando compreender o que está sendo dito. Nas vezes seguintes, basta escutar sem a letra, a fim de acostumar o ouvido com a sonoridade do idioma.

4 – Estudar um tema de interesse pessoal em inglês

Isso obriga o aluno a, mesmo estando no Brasil, se colocar em contextos em que recorrer à língua materna simplesmente não é uma opção. “Digamos que o interesse do aluno seja culinária, por exemplo: é possível ouvir podcasts em inglês a respeito do assunto, seguir influenciadores de língua inglesa em redes sociais e interagir com falantes nativos nessas redes”, diz a professora de inglês Ana Carvalho. “O interesse no tema gera uma motivação instantânea para entender o que está sendo discutido”. Também é possível fazer cursos on-line dos mais variados assuntos, desde fotografia até metodologias ágeis, em universidades e instituições estrangeiras. “Muitas delas oferecem cursos a preço acessível ou de graça”, completa Carvalho.

5 – Dedicar tempo para os estudos (de preferência em imersão)

Certamente é mais difícil aprender um novo idioma na idade adulta, mas, segundo Elissa Newport, professora de neurologia da Universidade de Georgetown e especialista em aquisição de linguagem, isso se deve menos a um declínio na capacidade cognitiva e mais a condições externas. Adultos têm menos tempo para dedicar aos estudos de modo geral, por serem obrigados a conciliá-los com compromissos de trabalho e outros afazeres. Mas é preciso tempo para aprender um idioma – quer esse tempo se dê espalhado ao longo de anos ou concentrado em meses. Joshua Hartshorne, professor assistente de psicologia do Boston College, sugere que mais importante do que a idade em que se aprende uma língua é como ela é aprendida. Em um estudo que conduziu, “as pessoas que aprenderam inglês por imersão eram significativamente mais fluentes do que as que o aprenderam do modo convencional”. Se precisasse escolher entre começar a aprender inglês desde cedo ou aprender na idade adulta por imersão, “eu aprenderia por imersão”, diz Hartshorne. “O processo imersivo exerce um tremendo impacto na aquisição (do idioma)”.

A professora Ana Carvalho concorda. “Garantir o contato constante com o inglês é fundamental para potencializar fora da sala de aula o que se aprende dentro dela”, diz. “Em poucas palavras: é preciso se dedicar muito e não considerar que após a aula regular o processo de aprendizagem está pausado até a aula seguinte. Daí o motivo de a imersão ser eficiente, mesmo que seja um curso de inglês on-line”, completa.

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