Rio de Janeiro, RJ 29/4/2021 – O empresário brasileiro mais tradicional não tem visão desapegada e profissional da sua empresa, e não possui disciplina para olhar e planejar o futuro

Especialista em fusões e aquisições afirma que setores estruturantes como saúde, educação e infraestrutura tem grande potencial de crescimento

Alheio a projeções negativas dos especialistas frente ao grave cenário econômico que o país atravessa neste momento, causado especialmente pela pandemia, o mercado de M&A caminha na contramão das estimativas e vem surpreendendo até os mais otimistas. O setor vem se revelando um dos principais pontos de retomada econômica por meio de transações que atingem, principalmente, setores estruturantes como saúde, educação e infraestrutura.

Executivo e diretor do Instituto Germinare, Rodrigo Motta é um dos maiores especialistas em M&A do país e tem acompanhado de perto toda a movimentação do setor. Ele afirma que existem muitas oportunidades de crescimento no mercado e aposta nos setores estruturantes. O especialista entende que esses segmentos atendem a uma demanda reprimida da sociedade e que devem ser explorados.

O diretor do Instituto Germinare ressalta que os setores de saúde, educação e infraestrutura são três exemplos de muito potencial e com necessidade de receber investimentos de forma mais impactante. Ele acredita que as fusões e aquisições são uma rota para que esse crescimento aconteça.

Para Rodrigo Motta, mesmo com a economia estagnada e a pandemia, nesse momento, fora de controle, os investimentos em M&A têm uma função para a retomada econômica, na medida em que fortalecem as empresas e suas teses de crescimento e investimento, que mais organizadas e em crescimento, proporcionam uma importante contribuição para a retomada econômica nacional e global.

“Com a rentabilidade baixa de muitos investimentos tradicionais, em especial os de renda fixa, há um forte estímulo para realizar investimentos na economia real, tanto por parte das pessoas físicas, que podem adquirir ações, por exemplo, como de empresas, que podem investir em fusões e aquisições esperando rentabilizar seus recursos de forma significativa”, defende Rodrigo.

Indagado se as empresas brasileiras estão preparadas para suprir essa onda provocada pelo modelo de fusões e aquisições, o executivo ressalta que a cultura de organizar uma empresa de forma mais profissional, ter visão de futuro e prospectar recursos para realizar transação é um movimento que tem ganhado força nos últimos anos e deve se expandir ainda mais durante e depois da pandemia.

“O empresário brasileiro mais tradicional não tem essa visão mais desapegada e profissional da sua empresa, e não possui disciplina para olhar e planejar o futuro do seu negócio. É aquele empresário que está com a barriga no balcão, o que é muito importante, mas, certamente, não é mais suficiente”, alerta o especialista.

É claro que para se tornar atraente no mercado de fusões e aquisições uma empresa precisa seguir alguns passos. Rodrigo Motta ressalta que é fundamental ter uma tese de investimento. É preciso identificar quais oportunidades podem ser capturadas nos próximos anos e que investimentos serão necessários. Com essa tese em mãos, o próximo passo, de acordo com executivo, é a contratação de um escritório especializado em M&A para realizar road show e apresentar a tese a potenciais investidores.

“Esses investidores podem ser fundos de investimento ou parceiros estratégicos, dependendo da tese. Antes, durante e após essa etapa, uma consultoria fiscal, tributária e jurídica também é necessária para organizar os documentos e números da empresa e assim deixá-la preparada para concluir o negócio de forma rápida e profissional, após a seleção do parceiro”, orienta Rodrigo.

Apesar de apontar o momento como muito propício para a realização de M&As, Rodrigo Motta ressalta que um passo importante para que a negociação seja bem-sucedida é não menosprezar nenhuma das etapas que foram mencionadas acima. Ele afirma que é preciso realizar cada passo com excelência, além de se unir a um time multifuncional de assessores para a conclusão da transação.

“Realizar todos esses passos com uma assessoria adequada permite ao empresário que ele permaneça à frente do negócio e assim não se desvie de todos os trâmites da negociação, que podem durar muitos meses. Qualquer descuido pode inviabilizar a transação ou reduzir o valor do ativo durante o M&A”, afirma o especialista.

Rodrigo Motta diz que muitas empresas já se beneficiaram dessa estratégia, entre elas, inúmeras startups. O especialista cita a Sucos do Bem como um case de sucesso no mercado de Fusões & Aquisições no Brasil. Como um dos sócios da startup, ele participou ativamente de todo o processo até que a empresa fosse vendida para a Ambev, em 2016.

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