20/12/2021 –

Mudança do padrão físico para o comércio eletrônico requer investimento em processos, gestão e tecnologia.

O mercado de produtos para pets faturou, só em vendas no varejo, US$ 145,8 bilhões em todo o mundo em 2020, um crescimento de 11% em relação aos US$ 131,1 bilhões de 2019. Os números foram compilados pelo Instituto Pet Brasil.

Conforme especialistas da área, o nicho ainda tem potencial para crescer, mas os modelos de venda têm se transformado. Um exemplo é a adoção crescente do e-commerce, conforme analisa Eduardo Oliveira, CEO da F1 Commerce, empresa especializada em plataformas de vendas online para o segmento B2B.

“Se no mercado B2C o e-commerce tem papel fundamental para que os produtos cheguem mais rápido e em regiões antes inalcançáveis, no B2B esse cenário também tem sido promissor. Isso porque cada vez mais a indústria tem buscado ingressar no mundo virtual, apostando nesta nova forma de se relacionar e de fomentar novos outros de vendas”, revela Oliveira.

Conforme ele, um canal de vendas B2B no segmento pet permite que vendas online e vendas através de representantes coexistam e potencializem o negócio, ao invés de limitá-lo. O mesmo serve para as categorias de importador, distribuidor e atacadista, já que muitas empresas desse segmento distribuem multimarcas de produtos para pets, mas não necessariamente produzem os mesmos. “As dores dessas empresas se assemelham bastante às indústrias, ou seja, também precisam gerenciar de maneira simplificada as diversas variáveis envolvidas no processo de venda”, acrescenta o CEO.

Para quem pretende entrar nesse mercado de venda entre empresas, seja indústria, importador, distribuidor ou atacadista, a recomendação do especialista é de que, além de conhecimento na área, busquem investir em tecnologia, já que a formatação de uma loja física para um comércio eletrônico muda bastante, passando por quesitos a serem revistos na área de estoque, apresentação dos produtos ao público-alvo e política de negócios, por exemplo.

“Com a tecnologia aplicada da maneira certa, processos como as tabelas de preços adequadas ao perfil da indústria, além de todos os enlaces que envolvem os métodos de pagamento, se tornam viáveis e simples. Além desta flexibilização potencializada pela inovação, um sistema bem definido é capaz de considerar o cálculo de impostos incidentes sobre as operações levando em consideração as necessidades e leis de cada região”, conta Oliveira.

Isso porque, segundo ele, o cálculo realizado por um sistema especializado em e-commerce B2B trata da questão tributária de modo automatizado e preciso, o que otimiza a gestão dos negócios. “Quanto menos processos internos sua empresa tiver, menos ajustes serão necessários, o que pode promover agilidade, redução de custos e ganho de tempo”, comenta.

Ainda de acordo com o executivo, a integração de APIs com ERPs, a gestão de catálogo, estoque, preços, pedidos, políticas comerciais, frete, CRM e mais tudo que o modelo de negócio online exige deve estar alinhado e funcionando bem. “Isso requer extensões, recursos especializados, relatórios, além de processos que administrem as transações e acompanhem os resultados através de um dashboard completo e intuitivo”, avalia.

A lista de prioridades também precisa prever, segundo o CEO, a necessidade de uma gestão de frete descomplicada e, claro, uma série de detalhes que envolvem formas de pagamento disponíveis, políticas de preço por canal de vendas, condições especiais para revendedores e sistema de recuperação de vendas.

“Embora seja um segmento desafiador, o mercado pet é extremamente resistente às crises econômicas, se mantendo sempre entre os três primeiros setores com mais faturamento no mundo. A concorrência é grande, seja para B2C ou B2B, porém, quem já entendeu a importância da transformação digital para potencializar seu modelo de negócio terá lugar garantido hoje, amanhã e sempre”, finaliza Oliveira.

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