São Paulo 27/1/2021 –

Mesmo sendo considerada tão capaz quanto o homem, a realidade brasileira é outra

Hoje, as mulheres respondem por 43,8% dos 93 milhões de brasileiros ocupados. A desigualdade salarial entre homens e mulheres no país diminuiu no ano de 2019, mas ainda continua em um nível muito alto.

Segundo dados obtidos pelo Grupo Croma através da segunda edição do Oldiversity, 71% dos entrevistados acreditam que os homens ganham mais que as mulheres no Brasil, considerando a mesma vaga e carga horária. Quando separados por idade, a diferença salarial é maior entre o grupo de 40 a 49 anos de idade, em média em 2019 as mulheres ganhavam 25% a menos que os homens.

Outro dado importante é quando se fala de mulheres em cargos de liderança, 70% dos entrevistados afirmam que há menos mulheres em cargos de liderança. Essa desigualdade de gênero ainda é recorrente nas empresas em todo o mundo. Entre os motivos estão as microagressões que sofrem no dia a dia, a falta de oportunidades ao longo da carreira e, ainda, a falta de exemplos de mulheres na liderança. Em empresas mais diversas com relação ao gênero, todos os funcionários se sentem encorajados a aspirar cargos de direção. Para as mulheres, enxergar outras pessoas do sexo feminino na chefia pode incentivá-las a buscar o crescimento na carreira.

As mulheres trabalham em média três horas por semana a mais do que os homens somando-se trabalho remunerado, atividades domésticas e cuidados com outras pessoas, mas elas ganham apenas dois terços do rendimento deles.

Mesmo com 70% dos entrevistados afirmando que as mulheres consigam realizar as mesmas funções que os homens, as oportunidades de vagas e promoções durante a vida profissional, as mulheres ainda pagam o preço de um Brasil ainda muito machista. 59% dos entrevistados acreditam que há discriminação das empresas em contratar mulheres.

Nas ocupações que exigem nível superior completo ou mais, a diferença salarial é ainda maior: as mulheres recebem em média 63% do rendimento dos homens em 2018, dados mais recentes disponíveis. Em cargos de chefia a discrepância chega a 27%.

Cem anos. De acordo com o relatório do último Fórum Econômico Mundial, esse é o tempo estimado para que a diferença salarial entre homens e mulheres desapareça.

“Está na TPM”, “se arrume porque a reunião é com o diretor”, “esse cargo é só para homens”, “você tem marido e não precisa ganhar mais” e “gosto de trabalhar com você porque trabalha feito homem” foram algumas das frases mais comuns ouvidas em ambientes corporativos, o que mostra claramente “o preconceito em formas de brincadeirinhas” ou “piadas”.

Esta diferença não acontece apenas em áreas comerciais, ou empresarias. Na propaganda brasileira, 57% dos entrevistados concordam que a mulher ainda é vista como objeto. Exemplo claro nas propagandas de cervejas (como na sexualização do corpo e das nádegas). Embora a imagem da mulher na TV seja da mulher independente e ativa, mais da metade afirmam que é reduzida a objeto.

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