São Paulo 30/11/2021 –

A fisioterapia possui meios para a retomada acelerada do processo de reabilitação utilizando procedimentos, tratamentos e equipamentos adequados para esse fim.

Como a fisioterapia contribui para uma retomada acelerada e consistente no processo de reabilitação? Quais os procedimentos que veiculam a chamada reabilitação acelerada?

A reabilitação acelerada e a mobilização precoce são temas bastante discutidos na área Traumato-Ortopedia, mas também na Cardiorrespiratória ou Pneumofuncional. Estudos recentes demonstram quais os benefícios na manutenção da homeostasia do organismo, no processo de contração muscular ativa de modo precoce.

Os profissionais de fisioterapia conduzem a perspectiva de que o início precoce deve ocorrer de acordo com a condição do paciente, respeitando as fases agudas de suas patologias que, dependendo de cada doença, necessitam sim de um período de repouso ou ausência total de movimentação. Podem utilizar equipamentos de fisioterapia para otimizar o tratatamento, como ultrassons, e aparelhos de eletroestimulação como o neurodyn iii .

Reabilitação acelerada na terapia intensiva

Os futuros profissionais de fisioterapia têm elaborado conceitos fundamentais para a construção de uma avaliação diagnóstica mais assertiva. O tema de Terapia Intensiva ressalta a importância de se tomar algumas medidas, afim de preservar o bem-estar de cada paciente, que mesmo em estado de sedação não deve ficar imóvel.

O professor e fisioterapeuta – TUPI FC Daniel Mozzer, comenta da importância dessa abordagem: “Temos visto nas principais publicações científicas o quão benéfica é a movimentação ativa para o correto funcionamento dos sistemas no organismo desse paciente, considerando que quanto menos tempo o paciente ficar na UTI, menor o risco de infecções e outros problemas”.

O corpo de profissionais da fisioterapia constitui a Biomecânica e a Cinesioterapia como pilares do tratamento de seus pacientes. “Quando falamos em mobilização precoce na UTI, a primeira coisa que vem à mente é o protocolo de suspensão diária da sedação. Além de saber a necessidade orgânica e metabólica do nosso paciente, precisamos verificar seu grau de consciência para saber o quanto ele está reagindo ativamente.”, ressalta Mozzer.

Outro pilar determinante para o sucesso nos resultados do tratamento é que fisioterapeutas estejam inseridos num contexto multidisciplinar, ou seja, acompanhando demais intervenções que colaboram pra saúde do indivíduo. Sendo possível avaliar, quantificar e melhorar o atendimento aos pacientes.

Evolução nos processos de reabilitação

Dentro da Terapia Intensiva intervenções ativas como, colocar o paciente sentado ou em pé, ainda é um assunto debatido, por muitos sendo visto como tabu. Daniel Mozzer declara seu posicionamento sobre o tema: quando atendemos em consultório, ambulatório ou na parte da Fisioterapia Esportiva, fala-se muito de reabilitação acelerada. Nós percebemos através das pesquisas o quanto essa assistência precoce minimiza grande parte das sequelas relacionadas à anquiloses, hipotonias e demais disfunções associadas à problemas vasculares”.

Avaliação e atendimento

Cabe ao fisioterapeuta, assim como demais profissionais da equipe multidisciplinar, estar atentos às respostas fisiológicas e fisiopatológicas dos pacientes, como parâmetros ventilatórios, circulatórios, eletrocardiográficos, saturação de O2 e condição hemodinâmica, e com isso pretendem interpretar os resultados afim de saber onde se encontram os limites, e assim respeitá-los ou intervir mesmo que precocemente, de acordo com o avanço de cada paciente.

Esse cenário também acontece no consultório e no esporte, por exemplo. Onde se requer atenção para não fazer de uma intervenção um agravo para a condição do indivíduo, ou então retardando sua melhoria se houvesse uma abordagem ativa.

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