Curitiba,PR 10/6/2021 – O conceito de hospital psiquiátrico é um tanto polêmico nos dias de hoje, uma vez que algumas pessoas correlacionam equivocadamente o termo.

Conhecer e desmistificar o funcionamento de um hospital psiquiátrico é um desafio importante vista a quantidade de problemas relacionados à saúde mental.

O conceito de hospital psiquiátrico é um tanto polêmico nos dias de hoje, uma vez que algumas pessoas correlacionam equivocadamente o termo com medidas de coerção ou de degradação da dignidade humana. Na verdade, o funcionamento dos hospitais psiquiátricos avançou muito nos últimos anos e hoje há inúmeras clínicas psiquiátricas de referência no Brasil. 

De fato, a psiquiatria é uma das áreas mais pujantes dentro do conhecimento médico. Somente o Pubmed, um dos maiores bancos de dados de materiais acadêmicos da área da saúde, registra uma produção de mais de 300.000 artigos científicos publicados nos últimos 10 anos com a palavra-chave “psychiatry” (psiquiatria). 

Nesse aspecto, tornou-se igualmente forte a repercussão de movimentos contra os antigos manicômios, alegoricamente representados pelo Hospital Colônia de Barbacena que infelizmente criou paradigmas negativos a respeito dos hospitais psiquiátricos. Até 1980, o Instituto Marcelo Gomes Freire estima que mais de 60.000 pacientes internados em Barbacena vieram a falecer, muitas vezes por conta de situações desumanas de tratamento. Por exemplo, por anos, o Hospital de Barbacena trabalhou muito acima da sua capacidade de 200 leitos, admitindo-se por volta de 5.000 pacientes simultaneamente. 

Mas é importante ressaltar, por outro lado, que a internação em hospitais psiquiátricos é vital para a saúde pública, haja vista que em determinados momentos recorrer a esses serviços pode salvar não só a vida de quem é portador de transtornos mentais, mas também a vida de terceiros.

Para desmistificar conceitos errôneos sobre o funcionamento de um hospital psiquiátrico, os profissionais especialistas em saúde mental da Clínica Cleuza Canan, que há 40 anos oferecem serviço de internação em seu hospital psiquiátrico em Piraquara (região metropolitana de Curitiba, estado do Paraná), orientaram a respeito do assunto.

Como funciona um hospital psiquiátrico?

Cada vez mais, a saúde mental tem sido sinônimo do cuidado do ser humano como um todo. Por exemplo, a vertente biopsicossocial de tratamento prega que as abordagens dos transtornos mentais devem envolver quesitos biológicos (através de medicações, suplementos e alimentação), psicológicos (através das variadas abordagens psicoterápicas), questões sociais (a fim de estimular uma convivência funcional com as outras pessoas) e até mesmo tópicos espirituais, ou seja, estimular a pessoa a se relacionar com o sagrado.

Isso posto, o funcionamento do Hospital Psiquiátrico da Clínica Cleuza Canan oferece serviços embasados em metodologias científicas e conta com profissionais multidisciplinares.

Para que serve um hospital psiquiátrico?

É incontestável que a internação psiquiátrica se faz inevitável em determinados contextos. Até mesmo a médica psiquiatra Nise da Silveira, uma das figuras que mais lutou contra os modelos antigos dos chamados “manicômios”, relatou em uma entrevista que há momentos em que se utilizar dos serviços de uma clínica em regime integral de internação é benéfico não só para o paciente, mas também para os familiares.

Nesse aspecto, de acordo com os especialistas do Hospital Psiquiátrico da Clínica Cleuza Canan, quando a dependência química passa a oferecer riscos à própria pessoa dependente e também a terceiros é imprescindível que se busque auxílio especializado de um hospital psiquiátrico. 

Nesse sentido, os transtornos mentais relacionados à dependência são fatores de risco para o suicídio. Segundo Pesquisa da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas) da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), divulgada em 03 de fevereiro de 2020, cerca de 38,2% dos dependentes químicos da cracolândia, refere já ter tentado suicídio.

Qual a diferença entre manicômio e hospital psiquiátrico?

Atualmente, certos grupos que cuidam da saúde mental defendem o movimento antimanicomial em que se prega a extinção de todos os “manicômios”. Em consequência dessa luta, houve a chamada Reforma Psiquiátrica, definida pela Lei 10.216, de 2001, após a qual se implementou a RAPS – Rede de Atenção Psicossocial -,  mudando a forma como o SUS lida na prática com os transtornos mentais.

Quais são os tipos de internação psiquiátrica?

Discute-se muito, hoje em dia, sobre a forma humanizada de se tratar os cidadãos com transtornos mentais. Nesse sentido, ainda há uma impressão equivocada sobre os tipos e repercussões das internações psiquiátricas, as quais são comprovadamente eficazes em determinadas circunstâncias. 

Nesse viés, a Lei 10.216, de 2001 define três modalidades de internação psiquiátrica: a) internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; b) internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; c) internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.

Por resolução de dezembro de 2017, o Ministério da Saúde incluiu hospitais psiquiátricos e hospitais-dia na RAPS. Assim, não existe mais o chamado “modelo alternativo” em que os CAPS – Centro de Atendimento Psicossocial – eram responsáveis por oferecer serviços de urgência e emergência psiquiátrica.

Portanto, os hospitais psiquiátricos fazem parte da rede de atenção à saúde mental do brasileiro e têm grande relevância no tratamento dos transtornos mentais. A clínica Cleuza Canan coloca-se à disposição para oferecer qualquer informação a respeito desse tema.

O site da clínica é: https://clinicacleuzacanan.com.br/ 

Website: https://clinicacleuzacanan.com.br/

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