São Paulo – SP 21/6/2021 – O Brasil lidera o ranking dos países mais ricos em água doce do mundo.

É necessário usar a água de forma consciente durante o ano todo para evitar a escassez.

O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu recentemente um alerta de emergência hídrica que deve ocorrer entre junho e setembro desse ano. A situação de escassez dos recursos hídricos na Região Hidrográfica do Paraná, bacia que tem rios muito importantes para o sistema elétrico, abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

O Brasil ainda registra grande ineficiência na distribuição da água potável pelas cidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 900 milhões de pessoas não têm acesso à quantidade de água mínima para as necessidades básicas e 27% da população urbana não está ligada a redes de abastecimento.

“Com a perspectiva da escassez hídrica afetar dois terços do mundo até 2050, criam-se as condições ideais para um século marcado por conflitos em torno desse recurso natural”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

A preocupação das organizações mundiais motivou a elaboração da Declaração Universal dos Direitos da Água. Entre os destaques estão à preocupação com equilíbrio e futuro do planeta e a necessidade de gestão do recurso para que sejam minimizadas as ações de desperdício, contaminação e envenenamento.

O Brasil lidera o ranking dos países mais ricos em água doce do mundo. Os Comitês de Bacias e a Agência das Bacias PCJ têm como missão executar ações para implantação das políticas de recursos hídricos no território de sua abrangência, explica o pesquisador João José Demarchi, representante do IZ nos Comitês de Bacias, ao mencionar que há um Termo de Cooperação assinado entre a Agência de Bacias PCJ e a Secretaria por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS). “A garantia de disponibilidade de água, em qualidade e quantidade mínima para todos os usuários, é imprescindível para atingirmos essa missão”, conclui o pesquisador.

O abastecimento de água geralmente é administrado pelos governos locais e, assim como os sistemas de esgoto ultrapassados das cidades. O Marco Legal do Saneamento, estabelecido pela Lei nº 14.026/2020, visa atrair capital privado para o saneamento no Brasil, já que, atualmente, o setor público representa cerca de 94% das empresas de tratamento de água e esgoto do País, segundo dados do portal Senado Notícias. “Estima-se que sejam necessários aportes de cerca de R$ 500 bilhões para que se atinja a universalização do sistema”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

Houve no Brasil um avanço no total de ETEs durante o período de 2013 a 2019, mas ainda existe um número reduzido de municípios abrangidos com o serviço de tratamento de esgotos, apenas 36% do total. A média brasileira de atendimento da população urbana com sistemas coletivos de coleta e tratamento de esgotos é de 46,5%, o equivalente a 82,1 milhões de pessoas.

“A escassez hídrica que presenciamos é resultado de um longo processo em que diversos acontecimentos contribuíram para o desenvolvimento deste problema. Dentre eles, destaca-se, sobretudo, a significativa redução das chuvas que vem ocorrendo desde 2013. Essa redução acumulada evidencia uma mudança climática que provoca muita incerteza para as atividades produtivas do país”, conclui Vininha F. Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

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