São Paulo, SP 25/6/2021 –

Com um grande potencial de mercado pela frente, da parte do consumidor, diversas dúvidas surgem em relação a como estruturar as melhores estratégias e como obter vantagem em um mercado ainda pouco explorado

Embora tenha crescido muito nos últimos anos, o Brasil tem grande potencial de ampliação para o mercado de compra e venda de energia. Geralmente, as empresas no Brasil compram energia em um ambiente de livre mercado. Os consumidores podem adquirir eletricidade no atacado — e, assim, recorrem a estruturas de contratos de energia renovável, como os acordos de compra de energia.

Como estruturar as melhores estratégias para comprar energia de forma eficiente

Desde o início da década de 2000, quando foi criado o ambiente de contratação livre, o mercado de energia passa por constantes alterações estruturais – regulatórias que, junto com questões macroeconômicas e aspectos específicos inerentes ao mercado de energia, dificultam a previsibilidade da direção do setor. Segundo Mathieu Piccin, diretor de Serviços de Energia e Sustentabilidade da Schneider Electric para América Latina, 2021 ainda deva apresentar alguns sintomas do que aconteceu na crise de 2020: imprevisibilidade da carga, mudanças regulatórias e incerteza hidrológica.

Do ponto de vista do consumidor, o mercado de energia de 2021 deve continuar apresentando muitas oportunidades e um book de alternativas para cada perfil de cliente que queira atingir metas econômicas e/ou de sustentabilidade. As práticas do mercado, ao longo dos anos, tendem a enxergar a energia como serviço em vez de produto, o que acaba abrangendo as alternativas para os consumidores que desejem eficiência na compra de energia.

Embora o mercado livre de energia esteja caminhando em direção a uma abertura cada vez maior, atualmente, ainda existem alguns pré-requisitos que as empresas precisam atender para que possam comprar energia neste mercado. Não há restrições quanto ao segmento em que as empresas atuam, porém, um dos principais pré-requisitos refere-se à demanda contratada junto à distribuidora, sendo que a soma de todas as unidades consumidoras que possuírem mesma raiz de CNPJ e estiverem localizadas no mesmo submercado – divisões do SIN (Sistema Interligado Nacional) -, deve atingir o mínimo de 500 kW para que sejam elegíveis a migrar para o mercado livre de energia.

“Quando falamos de estratégia para compra de energia, o ponto mais importante a ser levado em consideração é que a definição e execução da estratégia é um trabalho feito a quatro mãos, entre consultoria e cliente”, afirma Piccin.

Cabe à consultoria entender as necessidades e particularidades de cada empresa e adaptar estes pontos em um modelo personalizado de gestão da energia, alimentando o modelo com ferramentas de gerenciamento de risco, informações de mercado e sendo a voz do cliente junto aos fornecedores no momento de negociar valores e condições comerciais.

Ao cliente, cabe assimilar os conceitos de gestão internamente, adaptando procedimentos quando necessário e otimizando o processo de tomada de decisão para que a estratégia esteja 100% alinhada com os objetivos de negócio da empresa e para que haja celeridade no momento em que as melhores oportunidades surgirem. Com este contexto em mente, é possível ilustrar algumas estratégias mais simples e comuns como:

Estratégia conservadora – tomada de preços em longo prazo (4 anos ou mais) e volumes integrais (100% do consumo);

Estratégia agressiva – tomada de preços a curto e médio prazo (no máximo 2 anos) e volumes parciais (várias compras fracionadas com percentuais reduzidos de consumo);

Estratégia híbrida – basicamente, uma composição das duas anteriores. Com parte do portfólio atrelado a contratos de longo prazo e preços bem definidos e parte exposta aos riscos (e oportunidades) de mercado.

 Comprar energia de forma eficiente é essencial para a competitividade das empresas no longo prazo, principalmente, para aquelas em que a parcela do custo de energia tem grande impacto nos gastos totais da companhia, assim como aquelas que possuem compromissos com o meio ambiente. Definir estratégias que envolvam uma gestão de risco refinada pode trazer uma economia de milhões de reais ao se evitar a compra de energia em momentos inoportunos”, completa Piccin. 

Além de entender o melhor momento para a contratação de energia, definir os volumes e os prazos do contrato também são itens fundamentais para que o consumidor se beneficie a médio e longo prazo. Ademais, não é apenas no âmbito financeiro que há formas eficientes de se contratar energia, mas também no que diz respeito à sustentabilidade, uma vez que existem contratos de energia que beneficiam o consumidor ao reduzir suas emissões de gás carbono já que são provenientes de fontes de geração renovável. Essas são algumas das justificativas pelas quais o apoio de uma consultoria especializada no setor é recomendada para consumidores de energia que buscam extrair o melhor de suas estratégias de contratação.

Website: https://www.se.com/br/pt/

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