São Paulo 15/2/2021 – O brasileiro é empreendedor nato e a gente vai vencer essa guerra

Igor Moraes, CEO da Kings Sneakers, conta como conseguiu driblar os impactos de 2020 e acredita em uma expansão ainda maior para a rede neste ano.

Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), no ano passado mais de 135 mil lojas foram fechadas no Brasil. No setor de franquias, por exemplo, a ABF (Associação Brasileira de Franchising) registrou uma queda de 18,1% no primeiro semestre no faturamento de 2020, o que significa que o montante caiu de R$ 84,5 bilhões para R$ 69,2 bilhões quando comparado ao ano anterior.

Representando 2,7 do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, a perda de 1.535 unidades de franquias durante a pandemia causa um grande impacto não só à economia do país, como também aos comerciantes.  Entretanto, na contramão desse panorama, a rede de franquias de moda Streetwear Kings Sneakers aumentou o número de lojas em 2020, com um crescimento de 16%, abrindo 14 novas lojas por todo o Brasil.

Dentro desse contexto, Igor Morais ainda destaca preocupação com a pandemia. “O cenário está sendo muito desafiador, tem que ter coragem”, diz o CEO da empresa, que hoje tem 84 unidades espalhadas por todo o país.

Com a maioria das lojas localizadas em shoppings, a rede do segmento Streetwear do Brasil também foi duramente impactada pela crise sanitária. “Tivemos uma queda de 10% no faturamento em relação ao ano anterior, entretanto, esse é um número considerado positivo quando comparado com os demais, já que muitas lojas encerraram as suas atividades ou tiveram quedas de mais de 50% de sua receita”, lembra Igor. Para se ter uma ideia, segundo a ACSP (Associação Comercial de São Paulo), no ano passado aproximadamente 20 mil lojas fecharam as portas só na capital de São Paulo.

Apesar dos desafios, Morais acredita que a Kings Sneakers seja um case de sucesso, pois conseguiu manter todas as suas unidades abertas e não demitir os funcionários. “Para isso contamos com a ajuda do BEM (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda), mas o fim do auxílio também nos traz preocupação”, pontua.

Ele atribui diversas razões ao fato de não ter fechado nenhuma loja e ido além: ter inaugurado mais 14 em um ano tão caótico. “Os meses de pandemia foram muito difíceis. Entretanto, como o Governo ajudou a remunerar os funcionários e os shoppings também ajudaram na liquidação dos boletos, conseguimos manter as lojas. Foi um ano atípico, só que mesmo assim conseguimos passar sem maiores danos”, conta o CEO e fundador da marca.

O e-commerce praticamente obrigatório

Se as lojas físicas tiveram uma queda, o e-commerce compensou, tendo um crescimento de 30% no ano passado em relação a 2019. E as vendas pela internet podem ser consideradas uma das salvações do comércio. De acordo com uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), só o comércio eletrônico brasileiro alcançou a marca de R$ 41,92 bilhões em agosto. Ou seja, vender virtualmente é mais do que obrigatório em tempos de pandemia.

E Igor espera que esse crescimento continue neste ano, não só para a sua marca, mas para o comércio como um todo. Já para as lojas físicas, o empresário ressalta que o cenário ainda está incerto em 2021, porém, a chegada do programa de vacinação pode virar o jogo e trazer o público de volta para os corredores dos shoppings. Como grande parte dos brasileiros, Igor é otimista e tem uma perspectiva de expansão para a rede.

“A nossa meta é a de chegar a 100 lojas neste ano. Já temos 10 novos contratos fechados para o primeiro semestre. O cenário está sendo muito desafiador, mas tem que ter coragem. O brasileiro é empreendedor nato e a gente vai vencer essa guerra”, conclui.

Website: https://www.lojakings.com.br/

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