Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), pelo portal Convergência Digital, o segmento de segurança eletrônica faturou R$ 9,24 bilhões no ano passado. O mercado avançou 14%, ultrapassando os 13% do ano anterior. Os números, conforme a Abese, são um reflexo do crescimento das soluções inteligentes durante a pandemia da Covid-19, como as body cams (câmeras corporais), equipamentos de touchless e câmeras com reconhecimento facial, utilização de máscaras, os drones, o rastreamento de frotas e veículos. Além dos projetos que estavam parados ou que apareceram no último ano.

Segundo pesquisa indica, o segmento é composto de mais de 33 mil empresas que, em união, promovem mais de 350 mil empregos diretos e mais de 2 milhões e meio de empregos indiretos. Em contrapartida, a presidente da Abese lamenta que sobram vagas pela falta de mão de obra qualificada. “A adesão do consumidor pelas tecnologias de segurança eletrônica é notável, estamos caminhando para um ecossistema de cidades inteligentes e o crescimento do setor mostra isso. Contudo, ainda existem desafios a serem superados, como a falta de mão de obra. A oferta de vagas é tamanha que nós estamos ampliando nosso programa de qualificação profissional através da Academia Abese”, explica.

O mercado de portarias remotas também está em expansão. O panorama, mesmo que recente, indica que mais de 4 mil condomínios já usam o serviço ofertado por mais de 600 empresas. “O cenário das portarias remotas ainda está concentrado nas regiões Sul e Sudeste. Apesar de relativamente nova, a tecnologia foi incorporada ao portfólio de empresas veteranas e convive com outros tipos de serviço, fora as franquias e empresas especializadas que surgiram, o que justifica o resultado”, salienta a presidente.

12 milhões de imóveis em todo o Brasil já são monitorados

Ainda sobre monitoramento eletrônico, segundo o panorama da Abese, pela primeira vez, o balanço do ano do setor de segurança eletrônica registrou informações quantitativas a respeito da quantidade de empresas de monitoramento 24h próprias. Conforme o levantamento, a categoria é composta de 13 mil empresas responsáveis por monitorar mais de 12 milhões de imóveis em todo o Brasil, isto é, aproximadamente, 17% das habitações possíveis de receber tecnologia.

A expectativa da Abese para 2022 é um crescimento acima de 18%. “No início da pandemia, as empresas de serviços de monitoramento 24 horas e rastreamento sofreram um impacto muito grande, mas o resultado dos últimos dois anos é que se reinventaram e se mantiveram na média estável. Com a imunização e o retorno seguro ao presencial, estamos otimistas que o setor conquistará maior abrangência e volume de projetos, o que deve elevar o crescimento”, justifica a presidente da Abese.