O mercado de trabalho tem sofrido diversas alterações e evoluções, especialmente nas últimas duas décadas. A ideia de trabalho tradicional tem ficado para trás e agora as empresas têm se esforçado para andarem lado a lado com as equipes e tornar o ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor. Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores, enquanto um estudo realizado pela Gallup revelou que empresas com funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais.

Seguindo essa tendência, as startups têm ganhado espaço no ambiente corporativo, batido recordes e expandido sua abrangência. De acordo com a Associação Brasileira de Startups, de 2015 até 2019, o número de empresas desse modelo saltou de uma média de 4.100 para 12.700, representando um aumento de cerca de 207%. Atualmente, o número é de 14.065 e esse modelo de negócio só tende a crescer justamente por seu viés de inovação, escalabilidade e flexibilidade.

Para o Ricardo Lerner, CEO do Gasola, startup desenvolvida para conectar empresas que possuem frota a postos de combustível, oferecendo gestão, descontos e segurança na hora do abastecimento, “apesar de diversas empresas já estarem mudando sua organização interna, a estrutura de um negócio nos moldes tradicionais remete a processos e hierarquias mais rígidos. Startups constroem de forma dinâmica os processos necessários para atender as demandas, com agilidade e flexibilidade, que para mim são os principais diferenciais”.

Adotando esse modelo flexível, o Gasola tem colhido resultados positivos desde sua criação em 2020. Desde o início da pandemia, a startup cresceu 500%, fechando 2021 transacionando R$ 275 milhões e com projeção para fechar 2022 com mais de 1 bilhão de reais transacionados ao longo do ano.

De acordo com Ricardo, para sustentar esse crescimento, a startup tem feito investimentos focados, principalmente, em pessoas e tecnologia. “Aqui no Gasola não perdemos bons profissionais. E para nós, é importante estarmos próximo do time para atingirmos em conjunto a alta performance. Em uma startup, quando a empresa cresce, as pessoas que fazem esse resultado crescem juntas em uma velocidade bem acima do que vemos em empresas tradicionais”.

O gestor também vê como crucial a mescla não só de gerações, mas de perfis para o sucesso de uma empresa no mercado atual. “Essa interligação com pessoas de diferentes histórias, perfis e conhecimentos é extremamente rica para trazer expansão nas linhas de raciocínio que precisam ser construídas pelo time. São as pessoas que constroem e movem as empresas e por isso, utilizo hoje cerca de 70% do meu tempo recrutando pessoas, retendo funcionários excelentes e próximo ao time para treiná-los”, finaliza Lerner.