Desde o surgimento do Programa de Benefícios em Medicamentos – PBM nos Estados Unidos dos anos 70, o benefício teve a compra e venda de medicamentos como ponto central. Por ser uma relação comercial, oferecia mais vantagens para empregadores, médicos, varejo e indústria farmacêutica.

Com a evolução da sociedade e o surgimento de gerações mais conectadas, como os Millennials e a Geração Z, o PBM se desenvolveu e incluiu novos serviços. Além de garantir o desconto na compra de medicamentos, o aumento gradual do nível de serviços levou ao surgimento do PBM 4.0.

Gerenciar benefícios era uma tarefa que exigia tempo e atenção

No PBM 1.0, o gerenciamento era inexistente. O cadastro dos colaboradores era burocrático e faltavam informações a respeito do programa. Já com o PBM 2.0, as farmácias ampliaram a rede de atendimento aos colaboradores.

Na sequência, o PBM 3.0 introduziu cartões magnéticos, seleção de produtos cobertos pelo programa e, em alguns casos, limite de uso. Fazer o cadastro, mandar fazer cartões, definir recursos e restrições eram tarefas que exigiam muita atenção nos setores de RH. Quanto maior a rotatividade de funcionários, maior o volume de trabalho.

O PBM 4.0 é integrado com os principais programas de recursos humanos. Por isso, reduz a burocracia e o acúmulo de papéis, automatiza o controle de receitas médicas e evita fraudes.

Medicamentos a preços mais acessíveis melhoram a qualidade de vida do colaborador

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a saúde é o 4° maior gasto no orçamento das famílias brasileiras, atrás apenas da habitação, alimentação e do transporte. O gasto com medicamentos, por exemplo, representa 30% do total.

A evolução do PBM oferece descontos expressivos em medicamentos, facilitando o acesso ao tratamento de doenças e reduzindo o uso de serviços de saúde mais caros.

A farmácia convencional diversificou muito o sortimento de produtos ao longo dos anos, buscando maximizar seus resultados. No entanto, o desconto dos PBMs continuou restrito a um pequeno grupo de medicamentos tabelados.

Segundo dados da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), a busca por produtos de higiene e cuidados pessoais vem aumentando desde 2013. Se para as novas gerações o cuidado pessoal faz parte da noção de saúde, a sociedade em geral sofreu o impacto da pandemia e passou a cuidar mais da sua higiene.

No PBM 4.0, todas as operações são feitas via aplicativo, onde o colaborador tem acesso a descontos em toda a linha de produtos, ou seja, medicamentos (inclusive de alto custo e manipulados), OTC (medicamentos de venda livre), produtos médico-hospitalares e de higiene e beleza.

Os descontos sobre todo o sortimento de cuidado com a saúde diminuem a pressão sobre o orçamento do colaborador.

Jovens buscam apps, conforto, praticidade e acessibilidade

As novas gerações criaram novos hábitos de trabalho e consumo. Elas não apenas impulsionam, como também exigem mudanças.

Se antes da pandemia os nativos digitais preferiam consumir produtos e serviços online, esse número aumentou 42% após a covid-19. Em relação à compra online de produtos de saúde, uma pesquisa da fintech iq demonstrou que houve um crescimento de 38% em 2020.

Melhorar o ambiente organizacional envolve adaptar a linguagem e os benefícios oferecidos de acordo com a cultura dos colaboradores. Com o aumento do número de Millennials e Geração Z, muitas empresas sentem dificuldade em atualizar seus valores e programas.

Para atender a essas novas demandas, a saúde no ambiente de trabalho deve ser encarada de forma sistemática.

O RH está cada vez mais estratégico dentro das empresas

Nesse sentido, a análise de dados é um importante aliado para a tomada de decisões assertivas, a melhora do ambiente de trabalho e o sucesso da empresa.

Trazer inteligência para a coleta de dados é o primeiro passo na implementação de uma cultura data-driven na organização. O segundo passo é usar a tecnologia para organizar e padronizar essas informações, tornando-as mais acessíveis.

Os três principais indicadores sobre a saúde no ambiente de trabalho são: Índice de absenteísmo; Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) e Fator Acidentário de Prevenção (FAP). No entanto, ter em mãos esses indicadores não é o bastante.

Para os Millennials e a Geração Z, saúde e principalmente saúde mental são preocupações que direcionam suas ações e escolhas de vida. Assim, a saúde é motivo suficiente para mudar de trabalho e buscar empresas que compartilhem dos mesmos valores.

Para mais informações: MediPreço