São Paulo/SP 29/5/2020 – “É imprescindível fazer com que os recursos para uma EAD eficiente estejam à disposição de toda a sociedade” – José de Moura Teixeira Lopes Junior

Os impactos do Coronavírus na educação brasileira, forçando à utilização do EAD e os desafios que isso representa

A pandemia que atacou o mundo neste 2020 mudou as formas de relacionamento do homem, seja com o trabalho, o lazer, a educação, com os filhos e até a própria vida.

Nos anos 1990, a internet provocou mudanças de hábito dos consumidores, ao fornecer-lhes o conteúdo que desejavam e, mais importante, na hora que quisessem. Houve uma verdadeira explosão de oferta de novos produtos e serviços para consumo imediato, como a indústria fonográfica e o cinema. Em lugar dos CDs, por exemplo, agora existem as plataformas de streaming – muitas delas gratuitas. Os consumidores foram se acostumando a ter as coisas do seu interesse à disposição a qualquer hora, deixando de lado fatores muito relevantes, como qualidade do conteúdo. Essa “revolução” forçou empresas a mudar a maneira de se comunicar e oferecer seus produtos. Não foi diferente com a educação.

A prática de EAD (Ensino a Distância) vem tomando forma e conquistando jovens e adultos, que, por diversas razões, não conseguiam ou mesmo não queriam se submeter ao tempo imposto pelas instituições de ensino, com horários e dias pré-fixados. Eles querem estudar no momento de sua conveniência, seja devido ao trabalho, ao período de maior concentração, enfim, o que ficou relevante nesse caso foi o conteúdo em si e não a marca ou as instalações das escolas. Esse formato passou de opção a necessidade diante da Covid-19, quando se revelou o quanto o Brasil está defasado, do ponto de vista tecnológico, e despreparado, do ponto de vista de recursos humanos, para os desafios do mundo digital e virtual.

Com a suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia e o comprometimento do ano letivo, as escolas tiveram como única alternativa, oferecer o ensino a distância. Enfrentaram, então, dois grandes obstáculos: o acesso dos alunos à internet e o preparo dos profissionais de educação para oferecer tal serviço. O primeiro torna o sistema antidemocrático, uma vez que as classes menos favorecidas muitas vezes são desprovidas de serviços para comunicação via banda larga a partir de suas casas e até mesmo de equipamentos para tal acesso. Em relação ao preparo dos educadores, a falta qualificação para esse tipo de abordagem foi ressaltada pelos próprios profissionais, muitos não se sentiam preparados para manter uma educação de qualidade fora do ambiente físico em que apresentariam suas aulas. Essa combinação de fatores agravou a desigualdade no acesso ao ensino e conteúdo, aumentando o abismo que separa as diferentes classes sociais do país.

“O mundo está revendo toda a forma de abordagem às pessoas por conta do Coronavírus, e precisará se adaptar muito rapidamente a essa nova realidade para poder sobreviver”, avalia o empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior. Para Moura Junior, ou Mourinha, como é conhecido, existem aspectos positivos e negativos em relação a essa modalidade de ensino. “Um ponto importante é a reaproximação da família, onde os pais podem acompanhar mais de perto e de forma mais participativa a evolução e aprendizado dos seus filhos.” Porém, ressalta o empresário, “é imprescindível fazer com que os recursos para uma EAD eficiente estejam à disposição de toda a sociedade, independentemente da classe social ou de onde a pessoa vive”. Essa discussão se mostrou muito relevante diante do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que teve sua data postergada, após muita polêmica e cobrança da sociedade, em função da suspensão das aulas e as dificuldades para os alunos da rede pública poderem competir em igualdade com os alunos da rede privada. Isso porque a maioria das instituições privadas já possuíam a infraestrutura necessária, além de professores mais bem preparados para o desafio da EAD.

De acordo com o Ministério da Educação, em 2018, cerca de 9 milhões de alunos optaram por EAD, número que superou o ensino presencial. A tendência se repetiu no ano passado, quando 7,1 milhões seguiram cursos à distância, enquanto 6,4 milhões optaram pelos presenciais. Mas esses números refletem o comportamento de alunos de graduação ou formação superior. Para ensino médio e fundamental, incluindo o grupo EJA (Educação de Jovens e Adultos), essa nova realidade revela-se bem mais discreta: há pouco mais de 10 mil alunos matriculados em EAD, enquanto 32 milhões seguem na opção presencial. Isso mostra que modelo de ensino à distância não está consolidado, justamente porque os alunos, nessa faixa etária, além do aprendizado curricular, estão envolvidos em questões como socialização, convivência e até atividades físicas/esportivas, dentre as disciplinas obrigatórias.

“Um grande desafio para a sociedade neste ano de pandemia é se mobilizar para garantir que milhões de alunos consigam concluir seu ano letivo, reduzir o máximo possível o impacto do Coronavírus sobre a educação e o aprendizado competente dos estudantes. Que este momento também sirva para melhor enfrentarmos desafios futuros”, conclui o empresário José de Moura Teixeira Lopes Júnior.

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