Em levantamento realizado na MIA (Market Intelligence Application – Shared Services) o IEG (Instituto de Engenharia de Gestão) aponta o panorama do mercado de trabalho nos CSCs (Centros de Serviços Compartilhados) – modelo de gestão que centraliza processos que apresentam sinergia entre as unidades de negócio de uma empresa, prezando pela excelência operacional. 

De acordo com o Instituto, 79% dos CSCs do país possuem iniciativas de Diversidade e Inclusão já implementadas. O levantamento da MIA mostra ainda que, em média, 35% dos cargos de liderança dos Centros brasileiros são ocupados por mulheres e 9% dos funcionários se autodeclaram negros – sendo que, em mais da metade dos CSCs analisados, esse percentual não passa de 5%. 

O balanço também demonstrou que os Centros de Serviços Compartilhados brasileiros possuem, em média, 4% do seu time formado por PCDs (Pessoas Com Deficiência). 

Vanessa Saavedra, CEO e fundadora do IEG, destaca que, nos últimos anos, o mundo vivenciou grandes transformações tecnológicas e de ordem cultural, acentuadas pela pandemia da Covid-19, que reforçou a importância e a relevância de todos os indivíduos em prol de um objetivo maior.

“Nas empresas, não poderia ser diferente. Ao lado da aceleração de transformações digitais, questões sociais passaram a ser pauta frequente de reuniões estratégicas”, afirma. “A cada dia, mais organizações lançam programas de diversidade e inclusão social, em busca de um maior alinhamento com as demandas da sociedade. E nos CSCs podemos ver claramente essa realidade acontecendo”, acrescenta.

Segundo a empresária, as empresas estão mais conscientes sobre a necessidade de terem diferentes perfis de funcionários, com times que representam a população como um todo e, consequentemente, convergem para um melhor resultado e benefícios tanto para as companhias, como para os seus colaboradores. 

Porém, de acordo com o relatório Tendências de Gestão de Pessoas 2022, feito pela consultoria global GPTW (Great Place to Work), a questão da Inclusão e da Diversidade no mercado de trabalho, de forma mais ampla, ainda é algo a ser melhor trabalhado. Em 2019, apenas 24% dos entrevistados afirmaram que as empresas tinham diversidade e inclusão como um aspecto prioritário a ser trabalhado. O índice subiu para 32% em 2021, mas caiu para 17,9% neste ano.

Na visão de Saavedra, para melhorar essa situação, é necessário um maior investimento público e da iniciativa privada, com foco na diversidade e inclusão social de estudantes das escolas e universidades, para que os profissionais estejam em condições de ingressar no mercado de trabalho.

Para Lara Pessanha, sócia  do IEG e responsável pela Área de Pesquisas da empresa, não basta ter iniciativas isoladas, é importante garantir a consistência das mesmas para realmente trazer uma inclusão efetiva e contar com um time diverso. “Observamos que os CSCs brasileiros estão buscando esse caminho, mas ainda se encontram em um estágio inicial, com bastante espaço para evolução dessa prática”, afirma.

Nos Grupos de Discussão sobre Serviços Compartilhados coordenados pelo IEG, a diversidade e inclusão tem sido um tema recorrente e os líderes têm se mostrado engajados para que a pauta faça parte da cultura do CSC. “Dessa forma, acredito que teremos um avanço nessas estatísticas nos próximos ciclos”, finaliza Pessanha.

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