Com digitalização caminhando a passos largos no meio corporativo, com 93% das pequenas e médias empresas brasileiras tendo avançado seus processos de transformação digital, segundo o estudo “Impacto da Covid-19 na cultura e operação das PMEs brasileiras“, encomendado pela Microsoft para a agência de comunicação Edelman, o investimento em publicidade nos meios digitais e o consequente impulsionamento do marketing focando em plataformas on-line ganham força no país. 

O movimento, potencializado nos últimos anos com as mudanças no ambiente laboral proporcionadas pela grave crise sanitária que atinge todo o planeta desde o início de 2020, tende a estimular o aperfeiçoamento de soluções tecnológicas nestas companhias, dando um salto qualitativo no processo de digitalização das mesmas.

Os dados coletados pela pesquisa da Edelman mostram também que 97% das PMEs consideram importante incluir tecnologia no modelo de trabalho de forma permanente. Além disso, 40% dos entrevistados ressaltaram a necessidade de investimento no aprimoramento de soluções tecnológicas. Tal diagnóstico vai ao encontro de indicativos aferidos por uma análise recente do BCG (Boston Consulting Group), que revelou que apenas 30% das empresas conseguem realizar a transformação digital de maneira eficiente. 

Neste sentido, é sintomática a estimativa de que 60% dos investimentos em publicidade em 2022, realizada pela empresa Warc Data, sejam destinados a mídias digitais – uma tendência que, ao mesmo tempo que revela a força do on-line no mercado de marketing, enseja uma maior organização das estruturas digitais destas empresas. 

Para Cleverson de Almeida, especialista e estrategista em marketing digital, a inversão de capitais em publicidade no meio digital deve ser cada vez maior nos próximos anos, ainda que outros canais, como TV, rádio, revistas e jornais, mantenham-se relevantes e com um público – potenciais consumidores – fidelizado. 

“Vejo que algumas empresas ainda vão manter seus investimentos com anúncio em TV e rádio, mas irá ocorrer um aumento, sim, em publicidade destinado às mídias digitais, pois as pessoas notaram a praticidade e comodidade de efetuar compra pela internet”, afirma o profissional, citando da GoAd Media que indica que o e-commerce responder por 24,5% do varejo global em 2025. “Será uma tendência, pois, no meio digital, você pode comprar de qualquer lugar, além de ter todas as marcas e modelos que você deseja em um só lugar.”

Outras tendências do marketing digital

O especialista em marketing digital avalia que o crescimento global do investimento em publicidade em meios digitais está atrelado à emergência de novas ferramentas tecnológicas, como o metaverso, que, segundo estimativa da Bloomberg Intelligence, deve movimentar cerca de US$ 800 bilhões (R$ 4,1 trilhões) até 2024. 

Além disso, pontua Almeida, a utilização mais assertiva destes recursos em publicidade e, de forma mais ampla, no marketing digital, também passa pelo chamado “growth hacking” (“exploração do crescimento”, em tradução livre), que consiste na adoção de estratégias de marketing que visem o crescimento significativo e acelerado do negócio a partir da identificação de seus pontos críticos.

“O growth hacking, ou marketing de crescimento, é uma metodologia muito boa para adquirir mais clientes e, com isso, mais vendas, melhorando a experiência do usuário e focando esforços onde realmente serão trazidos resultados exponenciais para a empresa em um curto período”, diz. “Os profissionais de marketing de crescimento são profissionais orientados por dados que trabalham incansavelmente para encontrar maneiras inovadoras de impulsionar a aquisição de usuários, manter os clientes engajados, retê-los e, finalmente, transformá-los em campeões da marca”.

Para saber mais, basta acessar o site: http://cleversondealmeida.com/