Nota-se que os problemas da economia brasileira, que já eram gigantes, ficaram ainda maiores. A segurança privada mostrou ser essencial durante todo o período da pandemia de Covid-19. Alguns mercados, como a área de saúde, reforçaram o seu quadro de seguranças. Já outros mercados reduziram drasticamente seus times.

O setor de serviços onde a segurança privada está inserida sofreu uma brusca redução do PIB para -4,5% segundo dados do CAGED, cadastro geral de empregados e desempregados do Ministério da Economia. Essa queda originou inúmeras demissões e migração dos serviços de segurança humana para tecnologia.

Roberto Coletti, CEO do Grupo KR4, empresa de soluções em segurança e facilities, explica que, durante a pandemia de Covid-19, as empresas que se prepararam para essa transformação digital, saíram na frente tirando proveito do que o digital tem a oferecer. “No entanto, a crise econômica desencadeou uma mudança de mindset obrigando as empresas a irem além do convencional, aproveitando para inserir tecnologia a fim de sobreviver”.

Resultado disso, segundo Antonio Neves, Sr Country Security Manager – Head of Security de uma multinacional do setor de alimentos e bebidas é um setor mais forte. A criação de soluções permite maior produtividade nas organizações e consequentemente um trabalho mais inteligente.

Empresas com soluções em tecnologia podem ajudar pequenas e grandes empresas

De acordo com o empreendedor, as pequenas empresas precisam de soluções customizadas e de fácil implementação. Um exemplo claro são as portarias remotas que vem ocupando cada vez mais espaço nos condomínios residenciais. 

Já as grandes organizações precisam de soluções mais robustas e integradas com os mais diversos softwares do mercado. Neste caso, as soluções variam de aplicativos a drones automatizados que voam ininterruptamente por 24 horas fazendo rondas de segurança. “Neste ano tivemos a retomada das feiras. Realizada entre os dias 7 e 9 de junho, em São Paulo, a EXPOSEC foi um sucesso. Muito networking entre os expositores e visitantes”, pontua o empreendedor.

Nestes dois anos durante a pandemia de Covid-19 não existiram eventos presenciais. Essa troca de experiência, o famoso “olho no olho”, o aperto de mão é de real importância para o mercado de segurança, expressa Antonio Neves.

Para o empreendedor, inovações ocorrem em tecnologia todos os dias, sairão na frente os players que se qualificarem e se posicionarem primeiro nesta transformação digital. Por outro lado, em sua visão, é difícil para as empresas existentes acompanhar as novas tecnologias e quase impossível mudar sua estratégia de negócios em tão curto espaço de tempo.

“Consequentemente, isso leva a uma lacuna cada vez maior para novos entrantes que já nascem com a estratégia de vender soluções e não simplesmente segurança através única e exclusivamente com pessoas”, afirma. Questionado a respeito do limite para inovação, Coletti considera que é o mesmo que o limite da criatividade: nenhum. “A humanização da tecnologia será o grande diferencial para as empresas que buscarem vencer o jogo”, conclui.

Para saber mais, basta acessar o perfil @roberto-coletti no LinkedIn.