Atualmente, a contratação de profissionais de TI é um desafio para os recursos humanos das empresas. O Brasil forma apenas 53 mil pessoas na área por ano, mas são necessários 159 mil profissionais para suprir as necessidades do mercado, segundo dados da Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, 2022. O relatório ainda prevê que as empresas de tecnologia demandem 797 mil especialistas até 2025. Nesse cenário, Alexandre Corsi Abdalla, Head de Digital Products & Squads da Certsys, companhia de TI especializada em transformação digital e inovação, comenta sobre a necessidade em adotar métodos ágeis para eficiência de trabalho, produtividade e melhor aproveitamento de toda a equipe, como digital squads sendo uma “inteligência de serviço”. 

“O método de trabalho de digital squads, que consiste na formação de um time multidisciplinar que tenha um objetivo comum. Simplificadamente, significa a junção de profissionais de diferentes áreas e especialidades para contribuírem no mesmo projeto. Ou seja, com cada pessoa executando o seu know how, o tempo de desenvolvimento e execução consequentemente será muito menor e os resultados bem mais relevantes e pertinentes”, explica Abdalla. 

A elaboração de projetos de tecnologia da informação dispõe de diversos desafios, tanto para equipe especializada que está desenvolvendo quanto para o cliente que precisa da aplicação.  Possuir um squad dedicado a isso pode trazer muitas vantagens em relação a agilidade, qualidade e sucesso efetivo do projeto. Pensando nisso, o especialista da Certsys separou três benefícios da adoção da metodologia: 

  • Agilidade – Como o squad é dedicado para um projeto específico, é mais fácil adaptar à realidade da empresa, testando os sprints e modelos de negócio que mais atendem a necessidade no momento. A Certsys possui unidades de negócios específicas centralizadas em cada nicho do mercado como: DevOps, Hiperautomation e Cybersecurity, e isso facilita na hora de executar o projeto junto à necessidade do cliente; 
  • Foco no resultado – Com a equipe focada em um único objetivo se cria uma sinergia maior com o cliente, compreendendo o processo da empresa, facilitando as trocas, storytelling e design thinkings para assim propor com domínio novas ideias para solucionar os problemas, o que traz mais resultados. Conhecendo ainda mais sobre o negócio, a equipe se destaca não só pela entrega atual, mas gera a recorrência do mesmo squad para outros projetos da mesma empresa; 
  • Dedicação exclusiva – Além da agilidade, uma das principais vantagens é que o squad é dedicado e focado totalmente no projeto, ou seja, a disponibilidade de tempo para atender a necessidade do cliente é muito maior. 

Apesar de parecer simples, Alexandre completa que: “O trabalho é extenso para a seleção do squad. Primeiro temos que entender a necessidade do cliente, depois fazemos um Discovery, que são ideias para desenvolver em cima de um modelo ágil de trabalho, selecionamos de 6 a 9 pessoas com conhecimentos diferentes para a realização e durante o processo usamos o dual track agile para acompanhar se está ocorrendo como planejado no Discovery. Mas no final, é sensacional a agilidade e efetividade que o projeto é concluído, com entregas que realmente geram valor ao cliente com evidências concretas”. 

Desde a década de 90, as empresas usam a metodologia body shop, que nada mais é quando uma companhia de TI aloca a mão de obra nos clientes, introduzindo por um determinado período o desenvolvedor na equipe interna de TI dessa empresa. Geralmente são contratos por hora, dias ou até a finalização do projeto. Agora essas empresas estão migrando para a metodologia com squads, que apesar de parecer mais nova e recente, ela surgiu na década de 70, mas só ganhou popularidade com uma plataforma de streaming de áudios.