São Paulo -SP 19/5/2020 – Quando o material é separado corretamente por tipo, as pessoas envolvidas na logística do material não precisam entrar em contato direto com a embalagem.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instaurada em 2010 por meio da lei nº 12.305/10, completa dez anos em 2020 e transformou a forma com que o Brasil lida com o lixo.

Em 17 de maio foi comemorado o Dia Internacional da Reciclagem. Implantar a coleta seletiva na rotina dos brasileiros sempre foi um desafio muito grande. Porém, com a chegada do novo coronavírus, o período de quarentena e distanciamento social, aumentou a geração do resíduo doméstico.

Os paulistanos têm motivos extras para comemorar a data: dados do Movimento Recicla Sampa apontam que triplicou o interesse da população sobre o tema. “O mesmo ocorreu com a quantidade de itens recicláveis coletados: crescimento de 25%”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

O Dia Internacional da Reciclagem também foi marcado por promover o cuidado e proteção que se deve oferecer aos coletores de resíduos que continuam trabalhando pelas ruas para manter a limpeza da cidade. A Abrelpe orientou que o descarte de luvas e máscaras no lixo comum devem ser realizados com um revestimento extra. Elas podem ser colocadas em mais de um saco plástico. Vale ressaltar que pessoas com Covid-19 ou suspeitas de estarem com o vírus não devem realizar a separação do lixo para evitar contaminação.

Quando o material é separado corretamente por tipo, as pessoas envolvidas na logística do material não precisam entrar em contato direto com a embalagem. Os sacos são coletados e levados até centrais de armazenamento onde as embalagens podem ser transportadas, diretamente, para containers exclusivos para cada tipo de material. O prazo para encher estes containers e enviá-los para usinas de reciclagem é maior que os cinco dias que material precisa para estar isolado e, assim, livre do risco de contaminação.

Com a nova rotina imposta pela pandemia de coronavírus, cozinhar se transformou em uma atividade mais frequente gerando um número maior de lixo e resíduos nas residências, e isso pode ser um dos chamarizes para atrair mais roedores e outras pragas urbanas. “É importante seguir algumas dicas de manutenção de limpeza doméstica para manter esses seres indesejáveis longe de nossas casas, até mesmo por eles serem transmissores de doenças, que vão desde uma simples alergia, até uma infecção por bactérias. Cada uma tem o seu nível de periculosidade. As aranhas e escorpiões, por exemplo, são perigosos por sua picada e veneno. Já os mosquitos podem transmitir dengue, Zika vírus, febre amarela, entre outras doenças”, reforça a especialista Dra. Maria Fernanda Zarzuela.

Segundo Vininha F. Carvalho, se 100% dos resíduos urbanos orgânicos (biodegradáveis) fossem reciclados e passassem por um processo de biodigestão anaeróbica, com a produção de biometano, seria possível abastecer 90% da frota de ônibus urbano e 100% dos caminhões de coleta de lixo. Os dados são do presidente executivo da Abren — Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, Yuri Schmitke A. Belchior Tisi. O executivo lembra que o Brasil já tem as condições jurídicas, regulatórias e institucionais para seguir por esse caminho. Entretanto, é necessário, em primeiro lugar, orientar melhor os municípios para que eles façam uma gestão ambientalmente adequada dos resíduos, adotem uma gestão integrada e sustentável. Se isso ocorrer, o caminho inevitável será aproveitar o grande potencial energético dos resíduos sólidos urbanos, domésticos, hospitalares ou industriais, como provam as melhores práticas internacionais na Europa, Estados Unidos, Japão, China, Índia e Coreia do Sul.

Dicas simples do Movimento Recicla Sampa para a prática da coleta seletiva:

1. É preciso ter duas lixeiras em casa. Uma para lixo orgânico e outra para lixo reciclável. Se possível, colocar etiquetas indicando cada uma delas;

2. Não molhar o material reciclável. Isso inviabiliza seu reaproveitamento; Retirar os resíduos de embalagens de vidro, plástico, longa vida, garrafas pet e latas antes de reciclá-las;

3. Na hora de descartar materiais cortantes – vidro, por exemplo – não esquecer de embrulhar em jornais ou papéis de espessura grossa e etiquetar. Isso evita que o coletor se machuque;

4. Restos de alimento e cascas de frutas são considerados lixo orgânico. Por isso, não devem ser misturados com o lixo reciclável;

5.Não jogar luvas e máscaras de proteção no lixo reciclável.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instaurada em 2010 por meio da lei nº 12.305/10, completa dez anos em 2020 e transformou a forma com que o Brasil lida com o lixo. “Com diretrizes e metas que buscam a geração consciente de resíduos, seu descarte correto e reaproveitamento em todo o território nacional realizado por empresas públicas e privadas, a medida elevou o país ao patamar de nação que busca a preservação da natureza e melhor qualidade de vida para a população, além de fomentar as contratações de profissionais da área ambiental”, relata Vininha F. Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

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