Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil acaba de superar a marca de 1 milhão de sistemas de energia solar em operação em telhados e terrenos, porém, apenas 8,11% deles estão instalados em edifícios comerciais, como postos de combustíveis, supermercados, farmácias e padarias.

No geral, apenas 1,4% dos 88 mil consumidores brasileiros de energia elétrica possuem sistemas fotovoltaicos, a maioria em residenciais. A previsão do Governo Federal é que microgeração de energia renovável chegue a 4,2 milhões de clientes até 2031, o que representa sair de 10 gigawatts (GW) para 37 GW de capacidade instalada. No total, esse mercado deverá movimentar R$ 122 bilhões, de acordo com cálculos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Entre os consumidores abastecidos com energia solar, está um posto de combustível em Presidente Prudente (Interior de SP), que investiu R$ 140 mil na instalação de 156 painéis fotovoltaicos e conseguiu reduzir a conta de luz em quase 90%. “A fatura mensal passou de R$ 6 mil para R$ 500 e a expectativa é alcançar uma economia anual de R$ 66 mil, recuperando o investimento em cerca de 2 anos”, revela André Villar, que hoje é dono de uma franquia do Portal Solar de venda e instalação de energia solar no interior de São Paulo.

Villar, que trabalhou com vendas de piscinas por sete anos antes de migar para o mercado fotovoltaico, conta que que seu primeiro contato com a energia solar foi em 2016, ainda como vendedor de piscinas. “A loja trabalhava com aquecimento térmico e venda de piscinas. Um cliente queria um sistema fotovoltaico e pagou R$ 35 mil por um equipamento que hoje custaria R$ 15 mil. Naquela época eu não imaginava que esse mercado iria cresce tanto”, diz.