A balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 2,03 bilhões na quarta semana de abril de 2022. O valor é resultado de US$ 6,13 bilhões de exportações e US$ 4,10 bilhões de importações. No ano, o saldo positivo da balança totaliza US$ 19,26 bilhões. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia no último dia 25/04 e são referentes à comparação com o mesmo período em 2021.

Os números reforçam a tendência do crescimento do Comércio Exterior do país, que foi impactado durante a pandemia. Além de impulsionar o setor de transportes, que vem se transformando nos últimos anos, o desempenho positivo reflete impactos também em setores estratégicos e de desenvolvimento do país.

“Um bom saldo da balança comercial é importante pois significa que mais recursos estão entrando no Brasil, movimentando a economia num caminho positivo, gerando mais renda e consequentemente diminuindo o desemprego”, explica o especialista em logística Luís Felipe Campos, que possui experiência no setor internacional  principalmente no trade Europa-América Latina.

Até a 4º Semana de Abril 2022, os setores de Agropecuária e da Indústria de Transformação foram os que mais se destacaram nas exportações. No setor agro, o crescimento foi puxado, principalmente, pelo aumento nas vendas de Milho, Café e Soja. Na Indústria de Transformação, os bons resultados se deram pelos Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos.

O desempenho das importações registrou alta, sendo um percentual de 28,5% em Agropecuária, 24,1% na Indústria Extrativa e de 26,9% na Indústria de Transformação. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações. Segundo Luís Felipe Campos, a alta do dólar contribuiu para o aumento das exportações nos meses anteriores, bem como a alta dos preços de commodities, alta na taxa de juros e a recuperação da economia global.

Para os próximos meses, algumas incertezas deverão ditar o rumo da balança comercial.  “Existe uma cautela do mercado e autoridades em relação a tendência de crescimento para o ano de 2022, gerados pelo conflito na Ucrânia, a instabilidade da moeda nacional e problemas com commodities. Embora as incertezas continuem no mercado externo, há perspectivas de uma estabilidade, afirma Luís Felipe Campos.