A mais recente “Carta de Conjuntura” publicada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), referente a indicadores da economia brasileira, indicou que o ano de 2022 teve início com superávit de US$ 7,7 bilhões (cerca de R$ 36,2 bilhões) na balança comercial do agronegócio no mês de janeiro, ao passo que, no mesmo período, um déficit de US$ 214,4 milhões (por volta de R$ 1,01 bi) foi constatado na balança comercial total, que considera os produtos de todos os setores. 

Avaliando os dados de forma mais apurada, as exportações do agronegócio encerraram o primeiro mês do ano em US$ 8,8 bilhões (cerca de 41,4 bilhões), ante a cifra de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,18 bi) nas importações do setor. 

Em um recorte temporal mais amplo, avaliando o período de um ano, o superávit do setor do agronegócio brasileiro foi de US$ 108,5 bilhões (algo em torno de R$ 510,8 bilhões), compensando o déficit de US$ 47,1 bilhões (cerca de R$ 221,7 bi) acumulado pelos demais setores, e resultando em um saldo positivo total de US$ 61,4 bilhões (aproximadamente R$ 289,19). 

O patamar de exportações atingido pelo agronegócio em janeiro deste ano não só foi superior ao mesmo período dos anos de 2020 e 2021, como também de 2019, na pré-pandemia, quando o Brasil vendeu US$ 6,4 bilhões (cerca de 30,4 bilhões) para fora do país. 

Dentre os produtos mais exportados em janeiro deste ano, em quantidade, aparecem a soja em grãos (2,45 milhões de toneladas), a carne bovina (158,7 mil toneladas) e o café (187,7 mil toneladas) – os dois primeiros tiveram alta de 4.853,6% e 25,7% respectivamente, ao passo que o terceiro registrou queda de 18,5%. 

De acordo com o informe, com exceção do café, do açúcar e do algodão, todos os demais produtos da pauta de exportação apresentaram crescimento em valor e em quantidade na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Para Elisandro Falleiro, especialista em crédito agrícola e coordenador regional da Talento Soluções em Crédito, o bom desempenho do agronegócio em janeiro pode ser considerado “surpreendente”, visto que o primeiro mês do ano, “para exportações do agro, é o mês com menos embarques”. 

Em sua avaliação, “o crédito rural é indispensável para o trabalhador rural impulsionar o crescimento da produção de bens e serviços”, além de facilitar o desenvolvimento do processo em toda sua complexidade. 

Ele cita a compra de pulverizadores e maquinários; o custeio dos gastos posteriores à colheita; a compra e a introdução de tecnologia para a melhoria da produtividade agrícola; e a compra de produtos de qualidade que incentivam o cultivo das produções agrícolas como elementos que podem levar a melhor produtividade por meio do acesso de crédito a produtores rurais. 

A inexistência de crédito voltado especificamente para a compra de terra rural, explica ele, faz com que empresários tenham de buscar o acesso via cotas de consórcio. “Hoje, a única maneira que existe de liberar o crédito rural de forma rápida e com poucos juros é no consórcio”, afirma, ressaltando que, após a criação do projeto financeiro estruturado, o cliente pode fazer a contratação das cotas para liberação dos recursos.

Para saber mais, basta acessar o site da empresa: https://www.talentoconsorcios.com.br