São Paulo, SP 4/6/2020 – O Agronegócio da era Transformação Digital será cada vez mais conectado e com senso de cidadania sustentável, principalmente na era pós Covid-19

Diante dos inúmeros desafios do setor, o Agronegócio tem investido maciçamente em novas tecnologias e inovações em seus processos. Fazendas já contam com auxílio de sistemas integrados e automatizados para aumentar a eficiência e produtividade.

O mundo agrícola e o mundo industrial não são duas economias separadas e o relacionamento não é meramente de compra e venda. Pelo contrário. Eles estão tão interligados e inseparavelmente unidos, que é preciso pensar neles em conjunto para que haja algum suporte sólido sobre um ou outro (J. Daves & R. Goldberg, Harvard University, 1957).

A citação acima é a melhor definição de Agronegócio. Pensar que o Agro se limita apenas “da porteira da fazenda” para dentro talvez seja o maior sinal de desconhecimento do setor. O Agronegócio não está relacionado apenas aos alimentos consumidos, mas está vinculado também a cada peça de roupa usada e aos Postos de Combustível, quando os carros precisam ser abastecidos.

Portanto, falar que o “Agro é pop” nunca fez tanto sentido. Afinal, nada mais é do que um sistema composto por diferentes atividades que está profundamente ligado a qualquer setor da economia e da sociedade.

Porém, inúmeros desafios surgem neste setor. Um deles é o desafio de alimentar mais de 9,5 bilhões de pessoas até 2050, que não será atingido com os modelos que a sociedade convencional conhece de Agricultura e Pecuária. Será necessário racionalizar o uso de água, terras, fontes energéticas, insumos, e reduzir drasticamente os índices de desperdícios em toda a cadeia.

E, para que isso de fato aconteça, é preciso trilhar o caminho da inovação, do desenvolvimento de tecnologias e da conscientização da população. Sendo assim, o avanço de produtividade e eficiência no setor se dará através do investimento maciço em tecnologias. É a nova Capacidade Computacional aliada a Competência Analítica de dados que vai garantir a alimentação de toda a população.

Felizmente, todo esse arsenal tecnológico vem sendo aplicado no Agronegócio. Fazendas já contam com estações meteorológicas e pluviômetros, mas o sensoriamento avançado (IoT) aliado a novas plataformas de tecnologia traz uma nova dimensão de dados. E são esses dados que vão pautar as decisões diárias do agricultor na busca por eficiência e produtividade. Abaixo, consultores da empresa italiana Bip listaram alguns exemplos de tecnologias que vem sendo implementadas:

  • Sensoriamento Avançado: Sensores que medem propriedades do solo e permitem remanejar procedimentos de plantio e limitar a aplicação de insumos e defensivos a áreas menores
  • Plataformas de Inteligência Artificial para individualizar o monitoramento da performance dos animais. São conjuntos de balanças inteligentes, sensores e softwares que monitoram o ganho de peso animal e determinam e aplicam medidas individuais
  • Drones e Veículos não tribulados (AGVs) serão os olhos do agricultor. Eles já são capazes de cobrir grandes territórios e podem individualizar diagnósticos ao menor nível possível. No futuro, drones e AGVs serão capazes de coletar amostras, acompanhar o desenvolvimento de plantios e detectar diferentes situações
  • Tecnologias como o Blockchain irão permitir a rastreabilidade total dos produtos e suas técnicas de manejo. Produtores e indústrias que se adaptarem com mais velocidade e adotarem essa estratégia alcançarão mercados adicionais e margens mais estáveis

Muitas dessas tecnologias já estão sendo empregadas, mesmo com o atual cenário da Covid-19. As projeções apontam para mais um recorde da safra de grãos em 2020, com estimativa de 249 milhões de toneladas.

Além disso, a área plantada também aumentou. Os bons preços das commodities nos últimos meses de 2019 estimularam troca de culturas, aumentando em cerca de 1,8% a área a ser colhida em 2020. Um bom exemplo do auxílio da tecnologia nesse aumento de produção são as técnicas atualizadas de plantio graças à automatização de maquinário. Tratores automatizados são capazes de distribuir as sementes em uma profundidade mais homogênea e adequada e com a quantidade de fertilizantes apropriada, fazendo com que elas germinem e cresçam com melhor performance.

Outro fator é o crescente uso de Plataformas de Agricultura Digital. As maiores fazendas já contam com auxílio de sistemas integrados que coletam e processam em tempo real diversos dados de campo. Sendo assim, essas plataformas auxiliam agricultores com prescrições detalhadas para garantir melhor produtividade do plantio à colheita.

Portanto, no Agronegócio, a implementação da transformação digital vem sendo geral, desde o mercado de insumos e infinitas possibilidades nos campos e pastos, passando pelos demais elos da cadeia produtiva até o produto acabado.

Contudo, é necessário ter em mente que apenas a tecnologia não garante resultados. Além da adoção tecnológica, as empresas precisam contar com o suporte de consultorias para estruturação de um plano mais amplo de Transformação Digital e auxílio nas fases de implantação. Competências como Gestão da Inovação, Projetos e Mudanças são fundamentais para alcançar resultados, que, muitas vezes, têm seus esforços reduzidos devido à pressão pela continuidade das operações e negócios.

Por fim, saiba que, independente do setor econômico, a Transformação Digital é o caminho para solucionar todos os desafios. Portanto, o Agronegócio da era Transformação Digital será cada vez mais conectado e com senso de cidadania sustentável, principalmente na era pós Covid-19. Nações darão prioridade total para a rastreabilidade e a segurança alimentar, e muitos projetos poderão ser desenvolvidos nesse âmbito.

O Agro, que há inúmeras gerações busca a máxima eficiência em seus processos, passará a ter como meta de todos participantes da cadeia (produtores, indústrias e varejistas) oferecer a melhor experiência para seus consumidores. Afinal, a atual geração questiona a origem dos alimentos comprados nos supermercados, como nenhuma outra fez anteriormente.

Autor: Marcelo Pagoti, consultor Bip Brasil

A Bip é uma consultoria internacional, presente no Brasil desde 2007. Fundada em 2003, na Itália, possui mais de 2700 profissionais, com projetos em mais de 40 países e 12 escritórios em países da Europa, América e Oriente Médio. Especializada no redesenho e transformação de grandes organizações para enfrentar desafios atuais e futuros.

Para acessar o texto completo, acesse o link: https://bipbrasil.com.br/o-agronegocio-na-era-da-transformacao-digital/

Website: http://www.bipbrasil.com.br

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