9/2/2022 – Há uma movimentação especial para que as empresas e indústrias adiram, cada vez mais, ao uso de tintas ecológicas e certificadas

Alteração em Formulários de Referências de empresas por parte da CVM amplia exigência de informações sobre aspectos ESG; empresário do ramo têxtil fala sobre práticas sustentáveis com as chamadas tintas ecológicas

Adotada por cada vez mais empresas mundo afora, as boas práticas de governança corporativa, ambiental e social têm ganhado força no Brasil e no mundo, sendo um parâmetro cada vez mais levado em conta por investidores. Sintetizada sob a sigla ESG (“Environmental, Social and Corporate Governance”, em inglês – ou “Governança corporativa, social e ambiental”, em português), este modelo sustentável de negócio já é condição obrigatória para muitos mercados, em uma tendência que tende a crescer nos próximos anos.

Um estudo realizado pela XP Investimentos indica que 24% das bolsas mundiais já colocam a regulação do relatório de sustentabilidade como obrigatória. O Brasil ainda se encaixa entre os 76% que não preveem a iniciativa, mas isso pode mudar em breve já que em dezembro de 2021, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) publicou uma alteração das regras do Formulário de Referência – documento em que são expostas as principais informações sobre as empresas -, ampliando a exigência de informações sobre aspectos ESG. 

A exigência, que tem caráter de orientação para o mercado, entrará em vigor a partir de 2 de janeiro de 2023, o que deve ampliar a adoção do ESG pelas empresas que aqui atuam. Para Cristiano Manenti, presidente do grupo ISOTEX, empresa que atua com tintas para sublimação têxtil, a adoção de práticas sustentáveis é algo cada vez mais consolidado, tendo a questão ecológica grande importância neste cenário. 

“Há uma movimentação especial para que as empresas e indústrias adiram, cada vez mais, ao uso de tintas ecológicas e certificadas. A demanda de mercado é o ‘driver’ para que as marcas estejam mais sensíveis ao tema, que não se refere ao processo de produção em si, mas à presença de matérias químicas nocivas pelo organismo humano, que podem estar em contato com a pele de colaboradores e consumidores”, explica.

Manenti explica que nem todas as tintas podem ser consideradas ecológicas, já que há critérios para classificá-las desse modo.

“Todas as tintas sublimáticas são à base de água, com destaque para séries certificadas pelos entes de certificação ecológicas, que cumprem com os maiores standard ecológicos mundiais”, esclarece. “É importante que os entes de certificação ecológicos mundiais certifiquem que os produtos químicos usados durante o processo de fabricação têxtil sejam ecologicamente compatíveis ao organismo humano, definindo vários níveis de standards”. 

Tintas ecológicas e certificadas são opção para empresas do setor têxtil

O presidente da ISOTEX se mostra otimista quanto à expansão das tintas do gênero e prevê um futuro em que o setor seja pautado na sustentabilidade. “Para além de uma solução para o perigo de determinadas substâncias para a pele do ser humano, as tintas ecológicas também se mostram uma opção assertiva para a indústria têxtil por conta da preocupação socioambiental, já que as grandes marcas de roupas, cada vez mais, buscam se diferenciar como empresas sustentáveis com produtos sustentáveis”.

De modo efetivo, 62% das grandes empresas brasileiras dizem sofrer pressão do mercado para adotar práticas comprometidas com uma agenda socioambiental, conforme pesquisa realizada pela consultoria Betania Tanure Associados, que coletou dados de 280 das 500 maiores corporações do país entre os dias 8 e 10 de novembro de 2021.

Ademais, 87% dos brasileiros afirmaram que preferem consumir produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% não se importam em pagar um pouco mais por isso, conforme análise realizada pela Union + Webster, agência de pesquisa norte-americana, divulgado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) em 2019.

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