São Paulo, SP 29/7/2021 – Cabe a nós, gestores, incentivar o embate positivo a fim de buscar oportunidades em todas as áreas da organização

As situações de conflito nem sempre são prejudiciais quando geridas de forma correta. O conflito pode se transformar em mudanças positivas na organização

A gestão de conflitos é um instrumento que colabora com a harmonia e o progresso das empresas, pois o conflito nasce da diversidade de ideias que bem administradas tendem a elevar a criatividade e as oportunidades de inovações nas equipes, segundo a Fundação Instituto de Administração – FIA. De acordo com os dados da pesquisa Gestão dos Conflitos Organizacionais, da Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH, 92% dos entrevistados observam que os conflitos estão presentes no dia a dia corporativo, enquanto apenas 8% percebem que eles têm uma frequência menor em seu ambiente de trabalho.

Os conflitos são naturais da humanidade, uma vez que as opiniões divergem pelos mais variados temas e objetivos, tanto no âmbito profissional quanto pessoal, e saber geri-los significa, muitas vezes, o sucesso e crescimento da organização, afirma Daiane Ferraz Pepes, graduada em Administrador de Empresas com foco em gestão de pessoas, nas áreas de negócios, comercial e marketing no mercado financeiro.

“Ao pararmos para pensar nas oportunidades que tivemos em nossas vidas, perceberemos que boa parte delas veio através de conflitos. Pois bem, uma vez que geramos algum conflito, criamos pontos de vista diferentes e é justamente a divergência de opiniões que nos faz identificar oportunidades que, até então, não víamos e que posteriormente se transformam em crescimento”, declara Ferraz Pepes.

Segundo a pesquisa de Gestão dos Conflitos Organizacionais, os entrevistados questionados sobre a frequência dos conflitos, 65% responderam que sempre acontece e são influenciados a enfrentá-los, o que demonstra que, no ambiente das respostas obtidas, há a consciência de que a gestão de conflitos acontece nas organizações. 34,41% dos respondentes ainda referem como rara a frequência e evitados ao máximo.

A administradora de empresas relata que o conflito, apesar de gerar crescimento, é evitado, na maioria das vezes, pelo motivo de os indivíduos se julgarem despreparados psicologicamente e intelectualmente. Daiane observa que isso traz insegurança na postura profissional e na defesa de temas que, teoricamente, não são dominados, e é nesse momento que se desenvolve um gerenciamento de conflitos para contornar o problema. “A gestão do conflito irá ditar o sucesso de embate, criando novas situações, pensamentos e oportunidades”, declara Ferraz Pepes, que tem cursos de Diversidade nas Organizações, Gerente Empresas, Private Equity, Venture Capital para Empreendedores, entre outros.

De acordo com a pesquisa da ABRH, os impactos da comunicação em ambientes mais hierarquizados aumentam os conflitos, os dados apontam há 36% de mais chances de ocorrerem. Já em ambientes organizacionais em que a comunicação é aberta, os dados demonstram que, na percepção de 29% dos respondentes, há raro impacto no que tange à frequência dos conflitos. E sob outra ótica, considerando que 15% apontam como frequentes os impactos em comunicações em estilo aberto, 85% dos respondentes entendem que neste estilo comunicacional, o impacto é raro ou inexistente.

Conforme a especialista, parece simples abordar um assunto e acreditar que vai dominá-lo, mas não se pode esquecer de que para entrar em um embate e discutir sobre qualquer tema tem que estar disposto a defender e saber que também irão utilizar das mesmas estratégias. Pois, sempre haverá argumentações distintas, o que enriquece a discussão gerando automaticamente um aprofundamento do tema, e, consequentemente, a identificação de novas oportunidades.

“Sendo assim, cabe a nós, gestores, incentivar o embate positivo a fim de buscar oportunidades em todas as áreas da organização”, conclui Daiane Ferraz Pepes, com experiência em gestão de pessoas, motivação para liderança de grupos, com foco na resolução de problemas internos e externos, envolvendo departamentos, fornecedores e clientes.

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